(DES)NORTE
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(DES)NORTE


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Por vezes, nas tuas deambulações, pareces querer redimensionar os muros, entregue aos teus próprios desafios. Tento encontrar-te, sentir-te, embora saiba que, nessas alturas, só tu possas definir o teu fio condutor, algures entre a luz e a sombra. Ainda, e sempre, forjado em equilíbrios, é isso que verdadeiramente te define.
Num universo tão vasto, pleno de cenários, de oportunidades, insistimos, dando voz ao medo, em querer reduzi-lo à nossa dimensão. De tanto querer medir as coisas, numa escala que não entendemos, feita à medida da nossa ignorância, quase deixámos de acreditar. Abrimos as portas aos vendilhões do templo.
Prosseguimos a nossa peregrinação, plena de pontas soltas, em busca de defesas e alguma humildade. Tarefa dura, desafiadora, num mundo em que a intolerância, eterna aliada das verdades supremas, investiu, com grosso orçamento, no ministério das fronteiras. E nós, caminhando por veredas, quase sempre à bolina, sem saber do norte, tentamos, por entre as folgas, manter viva a lucidez, aliada da dignidade e da esperança, cada vez mais cambaleantes: uma pista aqui, um gesto ali, sementes dum mundo por que todos ansiamos, mas que teima em dar sinais contrários. 
Talvez, um dia, consigamos forjar o nosso destino. Talvez, quem sabe, consigamos derrubar os muros interiores, verdadeiro sustentáculo de outros muros. A vida ganhará, por certo, uma outra dimensão.
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