Textos e Mensagens
ALGO SE PRESSENTE NO AR
.Hélio Cunha, A Queda de Ícaro
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Algo se pressente no ar.
As aves voam sem rumo, inquietas, buscando o mais improvável abrigo. Os pinhais, renegando suaves melodias, são passadiço de todos os ventos, sem rei nem roque, uivando ao sol e à lua. Nos homens, a despertar da letargia, adivinham-se gritos tumultuosos na multidão dos ventres ao sol, despojados de tudo, até do ar que respiram.
Finda a vindima, no meu país o vinho não será néctar, será sangue em constante fermentação. Até a dignidade retomar.
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No Vendaval
dila serei-me ou vindo tua música caos de corvos in tensos despeda sou-me teus coros vio lentos violetas febres fragr ânsias púrpuras em teus violinos ar dentes en cantos de picadas venenos...
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Sobre "vinhos"
Abaixo, está o poema de minha autoria a ser publicado no Caderno Literário Pragmatha sobre a temática "vinhos": Crepúsculo cipreste no escuro aos gritos sopro na noite de gelo dente de lobo na cruz beijo de roxo no céu sangue de lobo no escuro roxo...
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DÈjÁ Vu
.Hélio Cunha, Estranha Melodia...a terra é mãe a terra é linda a terra é abundante a terra tem gente a terra tem muita gente toda a gente quer o melhor a terra não tem comida para todos uns tudo podem outros tudo sabem do nada a terra estrebucha...
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Quintal Da Saudade
.Hélio Cunha, Bodas de Sombra . . . Uma nova arrumação das palavras, após sugestão da Isabel Fidalgo, do Frutos de Mim e Mar. . . . Há sol muito sol mas os olhares teimam em fixar-se na sombra. Respiram-se memórias algumas delas bolorentas ...
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EsboÇo
.Hélio Cunha, Hécate . . . Das aves aprendi serem sabedoras do seu percurso, lúcidas viajantes avessas ao brilho do néon. Delas também sei das pausas, dos raros momentos em que deixam rasto das ilhas que sobrevoam. Foi assim, num fim de tarde, que...
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