ALVOR
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.Margarida Cepêda, O baptismo da rosa
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Não sei se estou para cá ou para lá da porta, jogo de espelhos com ausência de respostas.
Ligo e desligo o interruptor que dá vazão às águas, mas não há rio, não há foz. Apenas uma rosa caída no chão, esboço do teu relevo.
Imbuído do teu perfume, sinto a cotovia, na árvore mais alta, a cantar o despontar da madrugada...
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- Ao Fim Da Rosa*
rosa que paira pelo não-vindoquem foi que sagrou-te à tormentaquem foi que matou-te em meu sanguerosa que vaga pelo meu grave? quem foi que falou-nos de amor-tedaquilo que pulsa mas sempre te parteo alguém que arrancou-te da noiterosa que doente pelo...

- Ao Fim Da Rosa
rosa que paira pelo não-vindoquem foi que sagrou-te à tormentaquem foi que matou-te em meu sanguerosa que sonha pelo meu grave? quem foi que falou-nos de amar-tedaquilo que voa mas sempre te parteo alguém que arrancou-te da noiterosa que doente pelo...

- ...de Asas
a tu que és Alta Alta de alma e de tudo que te eleva Alta como incensos do que há de vir e as flores se perfumam ao teu sorrir Alta como os sonhos de sóis no mar e as águas se evaporam ao teu cantar Alta como um vento em fúria a correr e os raios...

- Instante
.Cotovia, Fotografia de J. Romãozinho... Sentia por perto a envolvência das águas, promessa de refrigério, mas os rochedos que ladeavam as margens eram temperança indesejada no anseio maduro. O grito do milhafre, lá no alto, despertava os acordes...

- DÉdalo
. Margarida Cepêda, O fio de Ariadne . . . Há no exercício da escrita algo que te aquieta, te redime. As palavras, a princípio contraídas, vão-se libertando à medida que resolves o enigma do jogo de espelhos. E, qual milagre animado, cada uma parece...



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