Costa, o epicentro da política nacional
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Costa, o epicentro da política nacional



Costa é o epicentro da política nacional.
De repente, após as eleições legislativas, o ex-Presidente da Câmara de Lisboa tem muita coisa nas suas mãos. 
Isto apesar de a votação por ele conseguida nas eleições legislativas do passado dia 4 de Outubro ter ficado longe do desejado.
Mesmo assim, Costa pode fazer história. 
Pode, em teoria pelo menos, levar por diante algo que nunca foi intentado desde que há liberdade e democracia em Portugal.
Ou seja, fugir ao politicamente correto, "governo eu ou governas tu?". 
Costa pode fugir à chamada alternância democrática dos partidos vulgarmente designados como sendo os do arco da governação.
Pode provar que afinal a democracia existe, que o voto dos cidadãos é respeitado. 
Por vocação própria, pela imagem que transmite, o líder socialista sabe e gosta de dialogar. Parece ser uma homem com coragem suficiente para dar a si próprio e aos partidos escolhidos maioritariamente pelo povo português de uma forma inequívoca (PS, PCP e BE) uma oportunidade de serem uma alternativa válida de governação.
Costa pode assim quebrar o enguiço de existirem partidos que "podem ser governo" e "partidos que não podem ser governo". 
Costa está como peixe na água, pode quebrar o ciclo mais que gasto da governação cinzenta e previsível do arco da governação.
Se o fizer, se tiver essa coragem, ficará desde já na história da política portuguesa por trazer sem medo correntes de pensamento até agora consideradas "excluídas" das decisões a nível da governação de Portugal. 
Correntes de pensamento essas, que não deixarão de enriquecer com pinceladas inovadoras e próprias, este presente paralisante e cinzento que delas tanto carece.
Via há momentos na televisão os senhores governantes da Alemanha e da França, Sr.ª Merkel e sr. Hollande, muito preocupados com a Europa. Não aos nacionalismos diziam, sim a um caminho comum. Um caminho europeu, digamos.
Ainda bem que estão preocupados em prosseguir com a União Europeia. Em renová-la. Em torná-la mais eficiente, unida  e atuante. Só que ao apontarem um caminho, se for o seu próprio caminho, sem terem em conta os outros, podem suscitar dúvidas fundadas nesses países, que não se contentarão de forma pacífica e cordata com as sobras e os ditames de um qualquer Diretório.
Por isso, Portugal tem que estar atento. Atento e presente no momento que vive. Tem que pensar na Europa claro, mas não pode de forma alguma descurar as suas especificidades de País soberano.
Defender os pilares fundamentais da sua vida como nação de séculos, não deixar de forma alguma que ponham em risco setores estratégicos da sua sobrevivência, sem precisar para isso de recorrer à tentação de um qualquer isolamento suicida.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira

http://lusito.bubok.pt/ 





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