DEVANEIOS EM TONS DE PERTO E LONGE
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DEVANEIOS EM TONS DE PERTO E LONGE


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Hélio Cunha, O Altar da Noite
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Ecoa, tempo, ecoa...
Não olhes para o lado, não  olvides o rumor dos homens. São seres imperfeitos, é certo, amantes do seu umbigo, sempre de olho no quintal dos outros. Falam alto nos dias de sol, tagarelam, dançam, mas à noite, vasto terreno de mitos e medos, gritam, estrebucham, confrontam-se com a sua nudez. Lá bem no fundo sabem que de pouco precisam, mas é um pouco que exige muito: que entendam, que questionem, que se envolvam, que se superem, que saibam dar. Só assim poderão abranger o aroma das flores, respirar madrugadas e entardeceres tranquilos. 
A manhã, contudo, afasta os pruridos da noite, e o plástico das flores é cada vez mais perfeito.
Ecoa, tempo, faz ouvir a tua melodia. Talvez, impelidos pelas memórias, os homens se dispam de vestes alheias e ousem enfrentar o seu destino.
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