É certo e sabido que em todas as eleições, ouvindo os respetivos lideres no avaliar de resultados, ninguém perde. Todos ganham, só que em boa verdade se diga, que uns ganham mais que outros.
Aliás, repare-se que os únicos que perderam terreno em relação a eleições homólogas anteriores, foram mesmo os que "ganharam", ou seja, os dois partidos de direita coligados (PSD e CDS)
Todos os outros, refiro-me aos mais importantes, PCP (Partido Comunista Português) e BE (Bloco de Esquerda) para além do PS (Partido Socialista) cresceram em relação às últimas legislativas.
Como analogia, ocorre-me uma imagem clássica do espetador de futebol que vê a sua equipa com imensa posse de bola, dominando, mas não marca golos e por isso não ganha apesar da superioridade demonstrada ao longo de toda a partida.
Ora bem, nestas eleições legislativas de 4 de Outubro de 2015, em Portugal, país do ocidente europeu, a esquerda ganhou, a direita perdeu.
Mais "posse de bola" na esquerda, dominou por mais de 60% dos votos expressos nas urnas, mas a hipótese provável em cima da mesa, na atual conjuntura, parece ser a de governar a tal minoria de direita que os portugueses derrotaram.
Porquê? coisas da política.
Sem querer meter a foice em seara alheia, devo dizer que em minha opinião até a justeza de uma coligação de dois partidos se achar vencedora ante um só partido, o PS, peca por defeito. Quantos votos teria tido o PSD isolado? quantos teria tido o CDS isolado?
Vale a pena meditar sobre isso antes de se atirarem pedras a quem tanto se esforçou por correr com quem tamanho mal fez ao país e aos portugueses.
Oxalá "as esquerdas" saibam jogar em equipa e mudem algo de estafado na governação portuguesa. Não têm todos de ser avançados ou defesas. Todos são necessários em áreas diversas. Organizem-se, façam finalmente a diferença ante a patética inoperância da alternância moribunda instituída.
Para o próprio bem da esquerda em geral e do PS em particular.
Quem beneficiaria com esse entendimento sólido das "esquerdas" seria Portugal e mormente os portugueses que estão cansados, deprimidos, fustigados, pelas políticas austeritárias, violentas, insensíveis, desumanas, dos que se aprontam para voltar a pegar nas rédeas da governação.
Pensemos, recuperemos, defendamos Portugal.
Mais do mesmo não!!!
PS.
Uma palavra para a Catarina Martins do Bloco de Esquerda, a quem por mais de uma vez tenho elogiado. Teve um excelente resultado eleitoral. Oxalá Portugal a aproveite e ao seu talento.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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