O cansaço aperta
o coração bate em descompasso
dói
está fraco
e os meus olhos perdem-se no espaço
tanta gente tanto abraço
"amar amar perdidamente"
na minha frente quem eu queria já fugia
pássaro veloz que endoidava
e quanto mais o olhar buscava
esta aquela e toda a gente
mais o coração sofria
que planura alentejana a tua a minha
só seca distante abandonada
e viver assim olhar a toda a volta
querer ver sentir amar chorar
meter dentro do peito o mundo
fazer amor com toda a gente
e nada ter
que liberdade fogo para nada
que nascente vertendo para dentro
regato de mel corpo mulher com tanta sede
porquê meu deus em ti um coração plantado para sofrer
porquê em mim também
dois corações tão grandes
o teu o meu
sempre pulsando
com batidas tais e tantas
e tão fortes
que só o espaço imenso da lonjura
de deserto em tanta sede
pode abafar
é noite e não sei quem sou
o que sinto o que digo
não sei o que quero
não sei onde estou
só sei que me comparo contigo
embarco no sonho
sofro sozinho
é pouco o que tenho
mas amo amo amo
precisava tanto que estivesses aqui
Alentejo cantar tempo ceifeira
espiga paixão mulher poema
para entender-me a mim e a ti
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Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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