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Impeachment e Donald Trump

Nosso comentário:

Normalmente não gosto de criticar pessoas. Usar de má língua por dá cá aquela palha. É talvez meu feitio, embora, claro está, não deixe de dar a minha ferroada discretamente no sítio certo e na altura apropriada.

Ou seja, opino, critico, apoio ou desapoio factos, atos, acontecimentos, que têm por detrás deles pessoas. Mas não as pessoas sem haver factos. Faço-me entender?

Normalmente ao ir deitar-me, o que acontece um tanto tarde, costumo acender um televisor no quarto, mais com o intuito de adormecer do que propriamente dar muita atenção ao que está sendo transmitido.

Todavia houve dois acontecimentos que me chocaram particularmente, aos quais os meus olhos não ficaram indiferentes apesar de meio sonolentos.

Como é óbvio excetuo deste post a macabra violência do dia a dia, essa que entra em nossas casas amiúde e em que milhares, centenas de milhar de civis são mortos, a maioria deles inocentes e indefesos.

Esses outros acontecimentos a que me refiro, não têm mortos pelo menos visíveis, não deixam um rasto de terror, todavia, apesar de aparentemente mansos e sem tiros, puseram-me assim a olhar para aquilo sem saber muito bem que dizer nem o que pensar.

Que acontecimentos foram esses?

Bem, um deles foi o "Impeachment" da Presidente do Brasil Dilma Rousseff, de que dei conta aqui no blog em devido tempo. O leitor que estiver interessado em reler o que sobre o assunto escrevi, basta colocar a palavra "impeachment" no motor de busca do blog e logo encontrará algo a respeito.

O outro foi exatamente ontem, dia 19/07/2016 em que eram transmitidas em direto imagens da Convenção Republicana a decorrer em Cleveland (EUA/USA)

Como já afirmei atrás, não é meu timbre criticar pessoas, muito menos sem as conhecer, sem saber o que fizeram, o que fazem, se têm ou não qualidades para...enfim, não critico só pela cara das pessoas ou porque sim, ou porque não.

Se fosse pela cara, pelos tiques, pelo estilo, pelo exterior, basta olhar e ouvir Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos da América, para ficar de pé atrás. Diria mesmo ficar com medo do que aquele senhor será capaz de fazer.

Todavia o que me chocou ontem à noite (Lisboa TMG) ao tentar dormir com a CNN a transmitir a "Convenção Republicana de Cleveland", nem foi a cara, nem os tiques, nem o exterior do candidato norte-americano de direita.

Posso dizer que nem o vi nos momentos que antecederam o meu sono.

Quem vi, e isso é que me chocou, foi o filho, a filha, a família do candidato a botarem palavra, a fazerem o panegírico (gabarolice) do próprio Familiar Donald Trump.

Não gostei.

Foi tão chocante que comparei o facto decadente, embora por razões diversas, ao "Impeachment" da Presidente do Brasil Dilma Rousseff. Sem tirar nem por.

Mau demais para ser verdade num país com os pergaminhos e responsabilidades dos EUA/USA.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

http://lusito.bubok.pt/

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