o céu que és
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o céu que és


Era tempo de cuidar e eu cuidava
Mulher linda estática quase inerte
Abandonada em graça para mim
Os meus olhos fechavam-se e abriam
Deslumbravam-me a mim com o que viam
Semicerrados em penumbra inebriante

Eu respondia
Pondo alma e coração em tudo o que fazia
E em movimentos largos
Outros pequeninos
Erguia o corpo e os braços

Crescia tanto
Que sentia curto o espaço
Para a minha nova dimensão
Depois descia
Flectia para baixo
Percorrendo caminhos de sonho e de magia

Ela continuava em sentimento
Estática abandonada
Linda
(Sol que eu tocava quente quente)
E meu Deus como queimava

Eu tremia
Transpirava
Suspirava
Inspirava
Expirava
Mas lá ia
Tacteando sempre
Qual ceguinho em noite de luar de prata a descobrir

E nos passos que dava
Incertos vagos inseguros
Ensaiava
Um momento tão intenso tão bonito
Que só posso dizer
Um momento assim
Será abraço terno com sabor a sempre
Que não esquecerei nunca



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