Nosso comentário:
Não me passaria pela cabeça, nesta fase do campeonato, que é como quem diz, nesta fase da vida, andar a gastar tanto do meu precioso tempo com inesperada preocupação relativa a políticas seguidas e a seguir.
De qualquer maneira, e tenho-o afirmado várias vezes, é difícil ficar-se indiferente perante os acontecimentos que nos apanharam a todos de surpresa, especialmente pela gravidade de que os mesmos se revestem e consequentes repercussões nas nossas vidas, que até pareciam bem encaminhadas.
Afinal o que parecia não é, Portugal e outros países desenvolvidos da Europa são obrigados a vergar-se, a fazer marcha à ré, a empobrecer, ninguém parece ter estofo para pôr cobro a este sangrar quer do País, quer do Velho Continente.
Apetece dizer coisas, algumas bem simples aos senhores da Europa. Mas há tanta gente a dizer coisas a esses senhores e de nada parece servir...
De qualquer maneira ainda arrisco a dizer uma coisa, uma ideia bem simples, quase infantil, mas, segundo o auscultar da minha intuição, sinto que tudo passa por aí.
SIM ou NÃO à Europa?
É a esta pergunta que cada Estado tem que responder e já. Sem rodeios.
Se a resposta for SIM, deixarmo-nos então de merdas e pegarmos todos a sério nestes 500 milhões de pessoas que ora a integram.
Se a resposta for NÃO, pois então que esse NÃO nos faça descer à terra. Podem cair muitas ilusões, ficarmos um tempo com a sensação de um caminho andado para nada, um caminho de esperança, construído passo a passo, já com frutos, que terminaria. Seria todavia um tempo de recomeçar. Porque a vida continua, com ou sem, sempre foi assim.
Quem sabe se depois de um NÃO, quais enamorados desavindos por um tempo, não correríamos, um tempo após, para os braços uns dos outros? e então sim, se fosse o caso, fá-lo-íamos com maior paixão, com o sentimento de coração, de que partilhamos um continente maravilhoso, uma casa, a casa europeia, e que seria um erro ficar-se sozinho, cada um com cada qual, neste mundo de grandes espaços, enfrentando a expensas isoladas os novos desafios.
Que há uma crise economico-financeira já todos percebemos. Nem interessa agora apontar culpas dos seus porquês.
Interessa sim lembrar que tudo o que falta nesta fase, é tomates para decisões políticas a nível europeu que na minha modestíssima opinião, começam a tardar.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://www.bubok.pt/libros/2158/PORTUGAL-PERIFERICO-OUO-CENTRO-DO-MUNDO
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Livro da autoria de dois jornalistas, David Dinis e Hugo Coelho.
Sinopse:
O ambiente entre o primeiro-ministro e o seu ministro das Finanças era tenso.
Portugal estava no centro das notícias. Vai ou não haver pedido de resgate?
À saída de um almoço com os seus quatro secretários de Estado, Teixeira dos Santos disse-lhes uma frase enigmática: «Até ao fim do dia, algo farei!». E cumpriu o prometido.
Depois de mais uma, a última, discussão com José Sócrates deu uma entrevista ao Jornal de Negócios. O título «Portugal vai pedir ajuda externa» marcou o destino do país e correu Mundo.
Quando José Sócrates pôs os olhos no jornal, não se exaltou, como era seu costume. Fora traído.
A partir de mais de 60 conversas reservadas com membros do anterior Governo e da oposição, diplomatas e membros de instituições internacionais, jornalistas e diretores de órgãos de comunicação social, conselheiros de Estado, banqueiros e pessoas ligadas ao setor financeiro e parceiros sociais, os jornalistas David Dinis e Hugo Coelho reconstroem a difícil teia dos acontecimentos que antecederam o pedido de ajuda financeira a Portugal:
as conversas, os dilemas, as discussões, as difíceis negociações com a troika e sobre o memorando que condiciona os nossos dias de hoje.
- O dia em que Sócrates se zangou com o FMI.
- Como Cavaco Silva soube das negociações secretas com a Comissão Europeia e o BCE.
- As reuniões entre José Sócrates e Passos Coelho: o que aconteceu realmente.
- Como Sócrates preparou a sua saída.
- A carta em que Passos pediu margem para não cumprir as metas.
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Para recordar o que Passos Coelho disse do governo anterior
Ao deixar derrapar a execução orçamental, ao afundar a economia nacional e ao não cumprir os objetivos que se propôs, designadamente não atingindo a meta do défice (4,5%) com que se comprometeu, o Governo incorreu em responsabilidade criminal.
Quem o disse não fui eu. Foi o próprio Dr. Passos Coelho, num discurso de que o "Correio da Manhã" de 6-11-2010 publicou os seguintes excertos:
"Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções"
"Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objetivos e não os cumpram. Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que há mais pessoas que vão para o desemprego e a economia afunda-se"
"Não se pode permitir que os responsáveis pelos maus resultados andem sempre de espinha direita, como se não fosse nada com eles". "Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?" É SÓ APLICAR A LEI Nº 34/87
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Retirado do Facebook um apontamento breve de Miguel Pacheco sobre os impostos, também um link sobre a impossobilidade de se cumprir o Orçamento, publicado no Expresso (com video)
Em 2013,
o IVA afunda porque os produtos fogem;
o IRC afunda porque ninguém vende;
o IRS despenca porque não há trabalho (e é o trabalho que gera rendimento).
Pela primeira vez na história recente, o IRS prepara-se para substituir o IVA como o imposto que mais cobra. Perdem as famílias, perde o Estado,
perde Gaspar, que a meio do ano vai voltar à desculpa de que qualquer economista sabe que as previsões são provisórias, (e vai) sugerir mais austeridade.
Miguel Pacheco
| Impossível cumprir o Orçamento |
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