O mundo anda curioso, ou melhor, as pessoas são curiosas. Falar de amor não basta! Não tem tempero se não tiver a boa dose de sexo. Tenho recebido algumas perguntas e entre elas, quase sempre, sobre o sexo. Não para tirarem dúvidas (afinal nem sexóloga eu sou), mas para questionarem o porquê de eu nunca escrever sobre sexo! OK, para os curiosos de plantão, vamos lá!
los, perceber os caminhos que eles me levam e depois decidir o meu próximo passo. Acho importante ter consciência do ato e de tudo que o envolve. Nunca busquei um parceiro sexual e sim um companheiro que me preenchesse em vários quesitos, afinal não há coisa mais chata do que concluir o ato e não ter a continuidade da emoção que nos leva ao sexo. Quando feito de forma inconseqüente e impulsiva, invariavelmente traz mais conflitos internos do que a prolongação do prazer ou a satisfação propriamente dita.
a namorar cedo. Com 13 anos namorava um rapaz de 24 anos! Lembro que na época o apelido dele no bairro era “papa anjo”!Meus pais, pela confiança na educação que me deram, não temiam por minha decisão. Eles sabiam como eu pensava e como agiria sobre o assunto. Não estavam enganados. Na minha cabeça o sexo aconteceria no momento certo, com a pessoa que me passasse a segurança que eu precisasse, sem contar com o mais importante: o amor! Dizer que uma menina de 13 anos saberia discernir o amor e não confundi-lo com paixão ou tesão, era um grande risco. Meus pais aceitaram o desafio e optaram pela confiança. E através desse gesto (confiança) passei a basear minhas relações. Minha primeira vez aconteceu quando me senti preparada e madura para lidar com as conseqüências dessa decisão, enfrentar todas as possibilidades, inclusive de uma rejeição. Fiz quando identifiquei a pessoa que correspondia aos meus sentimentos e me mostrava que o sexo não era fator essencial para estarmos juntos e que o mais importante era o crescer do amor que cultivávamos. Então, tudo aconteceu no seu tempo devido, com a maturidade necessária e com a serenidade que, para mim, é fundamental no sexo.
Hoje, o que digo é que o sexo é ótimo quando podemos dividi-lo com quem realmente nos completa. Não se trata apenas do tesão. Há mais elementos que completam esse quadro. Claro que as experiências são importantes e devemos estar abertos a elas, porém que fiquem as boas lembranças e não as frustrações. Tratar do sexo como conseqüência natural e não apenas como instinto animal. Podem me perguntar se então devemos fazê-lo com quem escolhemos para casar (?)... Não! Fazer quando estiver confiante de que o momento e a pessoa darão muito mais do que algumas horas de prazer. O ato em si é curto diante do que vem depois. Já dizem que o antes é excitante, que o durante é alucinante, mas que é o pós que completa o prazer. E para mim é o pós que nos faz ficar com aquele sorriso bobo nos lábios, que nos faz reviver cada cena, que nos faz suspirar e aguardar ansiosamente o próximo encontro. São as emoções que nos conduz e não apenas o instinto.
Com 41 anos de idade (muito bem vividos), 13 anos de casada (muito bem vividos também), com 04 filhos (lindos) e com um amor que cresce e se renova a cada dia, tenho muito que falar, sim, sobre o sexo, mas prefiro viver esses momentos ao lado do meu grande amor. Sexo não é performance, números e nem recordes...Sexo é o seu momento especial com a pessoa que você elegeu especial para dividir esse momento íntimo! Cada um tem o seu tempo e a sua maneira e cabe unicamente a você descobrir o seu momento.