Nosso comentário:
Hoje na Assembleia da República o senhor primeiro ministro, no tradicional debate quinzenal, chegou a uma altura em que deu uma nega nas respostas aos senhores deputados.
Mais propriamente aos senhores deputados do Bloco de Esquerda que têm a mania de fazer perguntas que lhe estragam o ramalhete.
Estava a deputada Catarina Martins a querer obrigar Passos Coelho a dizer as verdades que ele tem dificuldade em dizer. Questionava-o sobre a verdadeira durabilidade dos cortes nos salários, pensões, prestações sociais, etc. que, ao contrário do que fora afirmado pelo líder laranja, seriam definitivos e não provisórios.
Ou seja, o emagrecimento de Portugal e dos portugueses veio mesmo para ficar e seguramente para sofrer ainda um tratamento mais profundo, tendo em conta o ideário subjacente à governação e seus mentores externos.
Tipo cavar mesmo até ao osso.
O senhor primeiro ministro remeteu-se pois ao silêncio, evitando assim afirmações chocantes no que foi apoiado pela senhora presidente da Assembleia da República: sim senhor, tem todo o direito a calar-se (mais ou menos isto)
Bom, que já estamos habituados a acontecer de tudo um pouco e impunemente, lá isso é verdade... mas desta vez a pouca vergonha faz saltar a tampa a qualquer pacato e adormecido cidadão.
Esta é a altura de perguntar:
Caso o senhor primeiro ministro não responda às perguntas dos senhores deputados, eleitos pelo povo para as fazerem, e caso o senhor primeiro ministro não responda na AR perante os seus actos, razões principais para governo e deputados ali estarem, o que estão todos lá a fazer?
PS. O silêncio de Passos Coelho na AR fez-me lembrar uma anedota que alguém me houvera enviado e que tem a ver com esquecimento: Parkinson e Alzheimer. Não tem nada a ver com o caso, que é mais de silêncio, mas partilho na mesma, para desanuviar.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
No Alentejo!!!