Nosso comentário:
Muitos são os apelos à contenção popular, ao civismo, que nos portemos bem, que aceitemos cristã-mente o calvário que nos caíu em sorte, que colaboremos com o pesadelo que estamos a viver, que refundemos tudo o que há no país, designadamente o conceito de país, os direitos constitucionais, a justiça, a saúde, a educação, a obra feita, o próprio conceito de nós próprios, etc.etc...
Isto porque amanhã é uma data histórica para Portugal, 25 de Abril, e o descontentamento com cortes permanentes nos bolsos dos portugueses, recessão e emagrecimento profundos, associados a um ambiente social deprimente, perda parcial de soberania, podem levar a tentações perigosas.
O 25 de Abril, é uma data data comemorativa daquela que ficou conhecida por Revolução dos Cravos, levada a cabo no ano de 1974. Uma revolução pacífica, urdida por um movimento de capitães das Forças Armadas, que derrubou o regime ditatorial de mais de quatro décadas instalado no poder. Uma longa ditadura, sob a batuta de Salazar, que manteve Portugal afastado de tudo o que era exterior.
Um país de emigrantes, de soldados, isolado, pobre, atrasado, analfabeto, a que a Revolução dos Cravos pôs termo.
O 25 de Abril é pois, um dia de libertação e de festa. De democracia e de esperança. De fim de guerras coloniais. De regresso de exilados ao seu país renascido. De abertura e mudança.
Divulgo uma historiazinha, que alguém me enviou faz uns dias, que se adequa na perfeição aos apelos de acalmia e colaboração dos mais poderosos aos remediados, pobres e deserdados.
É uma história de muitos conhecida pelo simbolismo dos três macacos.
Pois leia-se a história dos macaquinhos e portemos-nos bem. Só precisamos para tal de, como eles, não ver o mal, não ouvir o mal, não falar o mal.
Que tal caros leitores? não custa nada tentar.
PS. Como é dia do livro, convido-os a fazerem uma visita ao meu site da Bubok e darem uma vista de olhos aos meus escritos, http://lusito.bubok.pt/
Fiquem bem, António Esperança Pereira
Os Três Macacos Sábios
Os três Macacos Sábios são o símbolo de uma antiga religião Japonesa.
Os macacos têm os seguintes nomes:
MIZARU-não vejo o mal
MIKAZARU-não ouço o mal
MAZARU-não falo o mal
No Japão é muito comum este símbolo . O ensinamento que está sempre presente é o
de não nos metermos, não falarmos e não ouvirmos tudo o que são assuntos alheios.
Este símbolo Japonês é muito antigo, mas ainda é muito divulgado.
Os Budistas fazem uma interpretação um pouco diferente deste símbolo.
Curiosidade: durante todas as suas viagens pela Índia, Gandi, levava sempre na sua bagagem
uma estatueta dos três Macacos...
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Dias longos nostalgia espelhada em cada rosto português uma amargura que ainda hoje se vê nos filhos dos filhos daquele tempo que na flor da idade iam para a guerra longe sem saberem bem para onde nem para quê o horizonte europeu fronteira de Castela...