Porco alentejano, fim anunciado?
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Porco alentejano, fim anunciado?


A crise chega a todos, e nem um produto de excelência e único como é o porco alentejano, comummente designado de porco preto, escapa a este cenário. Se, há uns anos, facilmente se encontravam explorações com centenas de porcos, agora o cenário é outro... ficaram os resistentes. É o caso de João Rosado, um jovem criador de porcos alentejanos, que, apesar de ter apenas 30 anos se dedica há mais de uma década a esta atividade. "Quando comecei, o negócio ainda era rentável!", diz-nos sorrindo.
É numa pastagem por ele comprada, perto da sua propriedade em Evoramonte, que encontramos cerca de centena e meia de porcos do seu efetivo de 1 300. João ainda tem 120 mães - as chamadas porcas reprodutoras -, mas é precisamente neste fator que chega o primeiro indicador alarmante. O secretário-geral da ANCPA - Associação Nacional dos Criadores do Porco Alentejano, Pedro Bento - também presente nesta visita - dá-nos os dados: "Neste momento, existem 6 mil reprodutoras, o que quer dizer que a raça está ameaçada a curto prazo. Oficialmente, com menos de 5 mil, fica considerada muito ameaçada. Isto põe em causa a preservação de uma raça nacional autóctone e do seu património genético." O cenário resulta do aumento dos custos de produção, da crise no consumo - principalmente de produtos de qualidade como é o caso do porco alentejano e seus derivados - e da falta de fiscalização no que diz respeito à origem do que chega ao mercado. Há muita carne nas prateleiras com menor qualidade e com a designação de porco preto. E ouve-se mais um desabafo de João Rosado: "Há regras, para os produtores, que são muito apertadas e desnecessárias mas, no que é importante, como a fiscalização, ninguém atua." Quando questionados sobre que medidas se deveriam tomar para inverter este processo, as respostas saem rápidas: atuar a nível do mercado para valorizar o que se produz, melhorar a eficiência das explorações - produzir mais e melhor -, baixar os custos de produção e, da parte da tutela, uma norma nacional que regulamente a comercialização do produto e respetiva designação.
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Comentários de leitores da notícia da "Visão"

kizzaka:

Epá...! Isto é verdade?

longueira:

"ficaram os resistentes!"

Nem mais , eu sou um deles!

Tenho um efectivo bem mais pequeno , algumas mães , mas vai dando para o gasto, apesar dos custos de produção e da crise do consumo, desistir NUNCA!! vamos ver, é preciso não perder a energia, é preciso atitude , vontade e algum dinheiro, as regras ao produtor são muito apertadas , quando toca a fiscalizar a actuação é praticamente nula.
"Oficialmente, com menos de 5 mil(mães), fica considerada muito ameaçada. Isto põe em causa a preservação de uma raça nacional autóctone e do seu património genético."

Tudo o que diz esta noticia é a realidade!

Onde estão os incentivos á produção , á criação de riqueza?

PPC devias ler , devias te inteirar do que se passa , devias ser um gajo instruído , mas não pá, és um marçano sem eira nem beira sempre de cócoras para que a Markel te passe por cima, limpe as chanatas !! mais a Nossa Senhora da Troica e a pata que os põs !!só pensas na AUSTERIDADE ,TERRIVEL PAIXÃO!
Ai se eu mandasse....Porra!!


3.º comandante:

Bem, no alentejo também só já faltava acabar com o porco!

kinas79:

Eu tenho sérias duvidas, o porco deixou de ser rentável ou deixou de ser tão rentavel pelo preço iflacionado devido a ser de região denominada?
Estes porcos têm um custo de produção muito semelhante ao do porco comum. Quem abandonou a actividade não foi certamente por falta de lucros sustentáveis, mas sim por falta de lucros exorbitantes e para isso resta fazer uma coisa. Façam como os produtores de muitos bons vinhos alentejanos e azeite fizeram, aumentem a produção e baixem os preços e vão ver que têm mais saída do produto e o lucro igual ou superior em relação a alguns anos atrás, por que para o consumidor comprar carnes ou fumeiros ao dobro do preço do porco comum, aí é que não vão a lado nenhum e nada na criação destes belos animais custa o dobro. Cumprimentos

gaivota:

caros conçidadãos,amigos!não vos preocupais que o que não falta aí são porcos!alentejanos, tripeiros, ribatejanos,transmontanos psd +ps cds e por aí fora....uma cambada de porcos,porcos e alguns coelhos á solta a cagarem onde não devem!
o titulo é sugestivo,mas não me convençe!nunca houve falta de porcos alentejanos,há é falta de alentejanos porcos!logo a notiçia está trocada!qualquer dia destes em vez de andar o alentejano com o porco ás costas,anda o porco com o alentejano ás costas.isto porque a agua está cara logo não se regam os sobreiros,o tempo tambem não chove nada,assim não resta áo porco outra opção que não seja andar com o alentejano ás costas para este munido de uma vara fazer cair algumas(poucas)belotas que se encontram lá bem no cimo da copa da arvore!é esta a verdade interpretem como quiserem...
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Nosso comentário:

Pode parecer uma notícia de somenos importância, mas na verdade não é.
Porque está em causa uma espécie animal única que deveria ser preservada.
Fruto do cruzamento do porco celta com o porco autóctone Ibérico, o porco alentejano é um animal único na sua espécie.
Nasce e cresce num habitat excecional, o montado, que é resultado da evolução da floresta primitiva mediterrânica, cuja árvore representativa, a azinheira, desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico do sistema. O seu fruto caraterístico, a bolota, é o alimento básico que tornou possível a evolução desta peculiar raça porcina.

A carne de porco alentejano, de acordo com reputados nutricionistas, pode exercer um papel protetor para a saúde na medida em que as suas proteínas são equilibradas e de alto valor biológico, contendo todos os amino-ácidos essenciais, na proporção ideal para uma correta alimentação humana.
Esta carne de porco é uma fonte de vitaminas do grupo B, especialmente a tiarnina. Podemos também encontrar elevadas concentrações de vitamina E, dependendo das condições de alimentação.

Quanto à situação atual do porco alentejano, descrita na notícia, atente-se nos comentários dos leitores que são bem explícitos a esse respeito.
Hoje em dia existe em qualquer investidor uma mentalidade de lucro imediato e ganho fácil. Pelo que tudo o que cheire a trabalho árduo, tentar driblar o sistema, dar a volta e sair por cima, dá muitas dores de cabeça, perde-se tempo, o governo colabora nessa mentalidade. Dinheiro, dinheiro, dinheiro.

É importante fazer dinheiro, claro, ter lucros, mas que não sejam estes os únicos valores por que se norteie toda uma atitude coletiva, nacional.
Seja em que área for, há sempre variadas vertentes a ter em consideração, no caso vertente, "uma espécie animal em vias de extinção", em evitar, através de apoios e incentivos por parte das entidades competentes para o efeito, para que assim se evite a extinção de uma espécie animal e com ela mais uma acha na tremenda fogueira que é a desertificação maciça do interior do país.
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Fiquem bem,

António Esperança Pereira




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