Nunca como agora se ouviu falar tanto em números. Somos permanentemente massacrados pelos midia, televisões, jornais, internet, etc. por uma avalanche entediante de números.
O senhor A aparece e mostra as suas habilidades com umas contas novas que fez em casa.
O senhor B "bota" excelente discurso que pouca gente percebe cheio de composições numéricas de bradar aos céus. Falam de milhares, milhares de milhões, triliões, enchendo as "bocas sábias" quase que em iluminação celestial, ou seja, um baile permanente dado pelos "economistas", também por críticos generalistas, até políticos, de formação de base não economicista, baile esse dado a quem tem a paciência de escutar tal cantiga enfadonha de números intermináveis.
Ora bem, sendo a Economia uma ciência social, por conseguinte e por definição como ciência social que é, tenho para mim que deveria dar mais atenção às pessoas menos aos números.
Ou seja tratar os números em função das pessoas e não o inverso.
Mas não.
Como é sabido, as ciências sociais germinaram na Europa do século XIX.
Foi todavia no século XX, por força das obras de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber que as ciências sociais se desenvolveram.
Mas há que assinalar que o carro-chefe dessas ciências sociais foi a sociologia, um neologismo criado pelo francês Augusto Comte, seu primeiro professor.
Outras ciências sociais importantes há para além Sociologia, o tal carro-chefe das ciências sociais:
Pegando na Economia, esta pode definir-se como a ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
O termo economia vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar)." Tem por objetivo as atividades humanas ligados á produção, circulação, distribuição e consumo de bens.
Daí ser tempo de os senhores que vomitam números atrás de números que pouca gente entende, que tratam as pessoas como se de algarismos se tratasse, de começarem a pensar na definição dada atrás pelos gregos: atividades humanas ligadas à produção, distribuição e consumo de bens.
Seria esta dinâmica tão simples que se pediria aos senhores economistas que implementassem, que pusessem as atividades humanas ligadas à produção, distribuição e consumo, ao serviço das pessoas.
Parem pois de intoxicar os nossos ouvidos com pacotes de triliões mais triliões, perante a manifesta ineficácia de atacarem com êxito a profunda magreza do crescimento económico (atualmente negativo)
Peguem em números mais pequenos, atividades humanas da vida real, falem disso às pessoas reais que vos ouvem e que vos lêem. Prestariam assim um melhor serviço com o vosso saber.
PS: Porque falo hoje de economia, deixo aos leitores "para reflexão" um artigo, cujo link abre um video da RTP-Notícias sobre a temática da notícia.
- Despesista Era O Outro...
Nosso comentário: Faremos hoje apenas um breve comentário, pois há que ir fazendo uma pausa neste mundo à beira de um ataque de nervos.Chega a ser difícil encontrar uma ponta por onde começar tal é a panóplia de desventuras em que o planeta...
- EleiÇÕes Presidenciais 2011: Poupem...poupem!
Tempo de sacudir a água do capote. Culpado? Quem eu? diz o inteligente, tudo gente séria quando chega a hora de assumir responsabilidades. A verdade é que o dia a dia surpreende-nos com tantas e tamanhas contradições, do tipo "maior número de vendas...
- Poupem Poupem...
Gostamos do cor de rosa como cor e como maneira de equilibrar a vida. Mais vale ser optimista que pessimista, antes a cor do amor, da alegria, da flor, que o negro escuro da tristeza, da falta de esperança, da desistência de lutar. Saudamos mais quem...
- Poupem Poupem...
Crise três em pipa de assustar poupem poupem dizem os banqueiros descaradamente os mais ricos os bem pagos que tão galhardamente nos fizeram acreditar na multiplicação dos pães melhor na multiplicação aritmética geométrica dos bens sentia-se...