Textos e Mensagens
Sobre uns Versos do Pedro Ortaça*
“Eu nunca pedi bexiga pra patrão ou pra milico,
Por isso ninguém me obriga a ser pelego ou pinico,
Não choro por rapariga nem tiro chapéu pra rico...”
Pedro Ortaça – música “Guasca”
o verso não se dobra:
se eu escrever um verso bárbaro absurdamente extenso
ele
não pode
ser publicado
dobrado
assim
só para
se adequar
ao formato
do veículo
de publicação
o verso não se dobra.
e o poeta também não.
*Pedro Ortaça é cantor e compositor tradicionalista gaúcho
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E O Resto é Fim
deixo que o verso saia como ele foi sem que eu pense em nada para deixá-lo sendo o que ele não é o verso nada tem a ver do que penso a arte que por ele passa vem do todo e nada tem de mim é livre em seres que não tenho é livro que se cala no que...
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Para Que Dizer Algo?
deixai-me não dizer nada: por que devo dizer alguma coisa se o melhor que digo é o que não digo? o que importa é o que se oculta no meu verso é a palavra que não está lá o que importa é a porta que o verso abre ao não-dito o que importa é o...
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Poema Publicado Em Zero Hora
Meu poema "Lembrança" foi publicado na edição de ontem do jornal Zero Hora, no Almanaque Gaúcho. Agradeço ao almanaque pela publicação. No entanto, infelizmente, faltou o último verso, o qual é importantíssimo para a total compreensão do poema....
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Sobre O Sangue
construí meu verso sobre o sangue derramado duro na nua terra aberta coagulado sangue seco pelo pó da enxada que deserticamente escorre... construí meu verso sobre o sangue de água morta em rio derramado humano sangue viscoso-negro entre a beira acabada...
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Soneto Mal Dito
(este soneto inicia com um verso de duas sílabas métricas, avança, verso por verso, por 3, 4, 5, 6, 7 e 8 sílabas, e então regride, voltando de 8 para 2 sílabas métricas em seu último verso. Ao lado de cada verso, entre parêntesis, está o seu...
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