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Viúva come cinzas do falecido marido
Casie, depois de viúva não consegue separar-se das cinzas do falecido
A notícia
Casie, uma jovem viúva de 26 anos, tornou-se viciada em comer as cinzas do falecido marido.
O marido faleceu há cerca de dois meses na sequência de um ataque asmático.
Segundo as suas declarações, prestadas num programa de televisão do canal americano TLC, a primeira vez que Casie provou as cinzas do falecido foi quando, acidentalmente, ao mudar as cinzas de uma caixa provisória para a urna actual, deixou cair um pouco nas mãos e não se quis limpar.
A partir daí, a jovem diz que não consegue parar "não consigo parar de meter o dedo na urna e lambê-lo depois".
Após a morte do marido, Casie, diz que não passa sem a presença das cinzas do defunto marido "eu levo o meu marido a todos os lugares," refere Casie.
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Nosso comentário
Muito breve porque hoje quero mesmo deixar um poema que li ainda muito novo. Tem que ver com esta notícia, com sabor macabro, mas seguramente só muito amor poderá explicar.
Num mundo cada vez mais à beira do colapso, veja-se o que acontece no Reino Unido, assim da noite para o dia, faz todo o sentido invocar o amor na sua forma mais dramática: o ultra-romantismo em que o lema era "MORRER DE AMOR".
Tendo em conta o que se passa no Reino Unido, o que se passou na Noruega, o que se vai passando um pouco por todo o lado...
eu desejo que,
o amor triunfe sobre o ódio
nos toleremos uns aos outros
as oportunidades sejam mais para todos
a palavra solidariedade renasça
a amizade não tenha credo nem cor nem raça.
Quanto ao poema que vos deixo é da autoria de Soares de Passos. Chama-se NOIVADO DO SEPULCRO. Do melhor que há no nosso (ultra) romantismo poético.
O Noivado do Sepulcro
Balada
Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soouu;
Que paz tranqüila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.
Que paz tranqüila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
Dentre os sepulcros a cabeça ergueu.
Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na mormórea cruz.
Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.
Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre os ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:
"Mulher formosa, que adorei na vida,
E que na tumba não cessei de amar,
Por que atraiçoas, desleal, mentida,
O amor eterno que te ouvi jurar?
Amor! engano que na campa finda,
Que a morte despe da ilusão falaz:
Quem dentre os vivos se lembrara ainda
Do pobre morto que na terra jaz?
Abandonado neste chão repousa
Há já três dias, e não vens aqui...
Ai, quão pesada me tem sido a lousa
Sobre este peito que bateu por ti!
Ai qão pesada me tem sido!"e em meio
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.
"Talvez que rindo dos prostestos nossos,
Gozes com outro d'infernal prazer;
E o olvido cobrirá meus ossos
Na fria terra sem vingança ter!"
- "Ó nunca, nunca!" de saudade infinita,
Responde um eco suspirando além...
- "Ó nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.
Cobrem-lhe as formas divinais, airosas.
Longas roupagens de nevado cor;
Singela c'roa de virgíneas rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.
"Não, não perdeste meu amor jurado:
Vês este peito? reina a morte aqui...
É já sem forças, ai de mim, gelado,
Mas ainda pulsa com amor por ti.
Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
Da sepultura, sucumbindo à dor:
Deixei a vida... que importava o mundo,
O mundo em trevas sem a luz do amor?
Saudosa ao longe vês no céu a lua?"
- "Ó vejo sim... recordação fatal"
- Foi à luz dela que jurei ser tua
Durante a vida, e na mansão final.
Ó vem! se nunca te cingi ao peito,
Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
Quero o repouso do teu frio leito,
Quero-te unido para sempre a mim!"
E ao som dos pios co cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrado, d'infeliz amor.
Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.
Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.
Soares de Passos - nasceu no Porto(1826-1860)
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Que o AMOR triunfe sobre o ódio!
Fiquem bem,
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