Nota do autor do blog:Dizia Miguel Torga:
"É ESCUSADO. NÃO POSSO TER OUTRO PARTIDO SENÃO O DA LIBERDADE"
Fazemos nossa a afirmação do ilustre Médico, Escritor e Poeta que foi Miguel Torga.
Divulgamos hoje no blog um artigo do colunista do Expresso Nicolau Santos. Titula-se o artigo, "Demita-se senhor Primeiro Ministro".
Fazemo-lo por todos os motivos e mais alguns: pelo roubo à classe média, pela recessão em que o país está e estará mergulhado, desemprego galopante, pela política retrógrada de que já não tínhamos memória, pela impreparação de quem é chamado à governação, pelo país de papalvos que querem fazer crer que somos, condenados a sê-lo "ad eternum" com gente desta.
Assim parece por cá, a crise está a levar-nos aos tempos salazarentos da 4.ª classe. Na vizinha Espanha, com a crise também, continua a falar-se do TGV. São critérios!!!As elites assim o querem em proveito próprio. A Europa agradece ter aqui um povo de emigrantes e lacaios baratos para gozarem nosso "sol e toiros", agora com "pastéis de Belém" também ao que parece.
Noticia-se que os estudantes do ensino superior estão a abandonar os estudos por falta de dinheiro...enfim!!!
Nós que tanto acreditámos numa Europa Unida, Solidária, Forte...afinal é o recuo de mentalidades, o virem a nu os desígnios dos mais fortes, uma União Europeia que só serve neste momento os interesses de quem manda e não do conjunto que deveria integrar.
Temos pena!
Os portugueses, bom povo trabalhador, cordato, lacaio, assumidamente inferior aos olhos dos novos inquilinos. Gente que só reina entre analfabetos, pobres, desprotegidos. Por isso, vêm com a caridadezinha igualmente salazarenta.
Tiram o que têm aos que têm alguma coisa.
Não nos conformamos, meus senhores. Que não haja solução para o analfabetismo, a sopa dos pobres, o desemprego.
Não!
Muitos de nós não calarão sua raiva contra quem quer "Portugal quanto pior melhor". Contra quem quer Portugal de baba e ranho outra vez.
Talvez voltemos a ver os retratos dos "mandantes temporais e religiosos" nas escolas. O antigo mapa colonial que se pendurava carunchoso nas paredes velhas dos edifícios escolares, na impossibilidade de ser reposto, é capaz de ser substituído pelo novo figurino autárquico da oligarquia laranja.
Só é nosso desejo que o país não esteja morto ainda como reza a afirmação do colunista Nicolau Santos.
Porque, se muitos de nós nos mantivermos ao menos "moribundos" Portugal viverá!!!
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Demita-se, senhor Primeiro-MinistroNicolau Santos, Expresso
Nicolau Santos, na sua habitual coluna do semanário Expresso, desnudava a alma, com estes termos: Sr. primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes. Também eu, senhor primeiro-ministro. Só
me apetece rugir!...
O que o Senhor fez, foi um Roubo! Um Roubo descarado à classe média, no alto da sua impunidade política! Por isso, um duplo roubo: pelo crime em si e pela indecorosa impunidade de que se revestiu. E, ainda pior: Vossa Excelência matou o País!
Invoca Sua Sumidade, que as medidas são suas, mas o déficite é do Sócrates! Só os tolos caem na esparrela desse argumento. O déficite já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, como bom aluno que foi, nos anos 80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de
contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Industria. Farisaicamente, Bruxelas pagava então, aos pescadores para não pescarem, e aos agricultores para não cultivarem. O resultado foi uma
total dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no cimento e no alcatrão. Bens não transacionáveis, que significaram o êxodo rural para o litoral, corrupção larvar e uma classe de novos muitíssimo-ricos. Toda esta tragédia, que mergulhou um
País numa espiral deficitária, acabou, fragorosamente, com Sócrates. O déficite é de toda esta gente, que hoje vive gozando as delícias das suas malfeitorias. E você é o herdeiro e o filho predileto de todos estes que você, agora, hipocritamente, quer pôr no banco dos réus?
Mas o Senhor também é responsável por esta crise. Tem as suas asas crivadas pelo chumbo da sua própria espingarda. Porque deitou abaixo o PEC4, de má memória, dando asas aos abutres financeiros para inflacionarem a dívida para valores insuportáveis e porque invocou
como motivo para tal chumbo, o caráter excessivo dessas medidas. Prometeu, entretanto, não subir os impostos. Depois, já no poder, anunciou como excecional o corte no subsídio de Natal. Agora, isto! Ou seja, de mentira em mentira, até a este colossal embuste, que é o
Orçamento Geral do Estado.
Diz Vossa Eminência que não tinha outra saída. Ou seja, todas as soluções passam pelo ataque ao Trabalho e pela defesa do Capital Financeiro. Outro embuste. Já se sabia no que resultaram estas mesmas medidas na Grécia: no desemprego, na recessão e num déficite ainda maior. Pois o senhor, incauto e ignorante, não se importou de importar tão assassina cartilha. Sem Economia, não há Finanças, deveria saber o Senhor. Com ainda menos Economia (a recessão atingirá valores perto do
5% em 2012), com muito mais falências e com o desemprego a atingir o colossal valor de 20%, onde vai Sua Sabedoria buscar receitas para corrigir o déficite? Com a banca descapitalizada (para onde foram os biliões do BPN?), como traçará linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, responsáveis por 90% do desemprego?
O Senhor burlou-nos e espoliou-nos. Teve a admirável coragem de sacar aos indefesos dos trabalhadores, com a esfarrapada desculpa de não ter outra hipótese. E há tantas! Dou-lhe um exemplo: o Metro do Porto. Tem um prejuízo de 3.500 milhões de euros, é todo à superfície e tem uma oferta 400 vezes!!! superior à procura. Tudo alinhavado à medida duns tantos autarcas, embandeirados por Valentim Loureiro. Outro exemplo: as parcerias publico-privadas, grande sugadouro das finanças públicas. Outro exemplo: Dizem os estudos que, se V. Ex.ª cortasse, na
mesma percentagem, os rendimentos das 10 maiores fortunas de Portugal, ficaríamos aliviadinhos de todo, desta canga deficitária. Até porque foram elas, as grandes beneficiárias desta orgia grega que nos tramou. Estaria horas, a desfiar exemplos e Você não gastou um minuto em
pensar em deslocar-se a Bruxelas, para dilatar no tempo, as gravosas medidas que anunciou, para Salvar Portugal!
Diz Boaventura de Sousa Santos que o Senhor Primeiro-Ministro é um homem sem experiência, sem ideias e sem substrato académico para tais andanças. Concordo! Como não sabe, pretende ser um bom aluno dos mandantes da Europa, esperando deles, compreensão e consideração.
Genuina ingenuidade! Com tudo isto, passou de bom aluno, para lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkhozy, quando precisávamos, não de um bom aluno, mas de um Mestre, de um Líder, com uma Ideia e um Projeto para Portugal. O Senhor, ao desistir da Economia, desistiu de
Portugal! Foi o coveiro da nossa independência. Hoje, é, apenas, o Gauleiter de Berlim.
Demita-se, senhor primeiro-ministro, antes que seja o Povo a demiti-lo.
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Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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