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Hélio Cunha, A Praia de Sophia
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Olho as nuvens, sinto os ventos, e tudo parece conjugar-se para o baixar de braços.
Simples ilusão, dizem-me as feridas, a reformulação sempre fez parte do percurso dos homens. Não estão visíveis, podem até esconder-se, mas há por aí nichos de pessoas que urdem, que cerzem, banhadas em arquitecturas de harmonia. Não estão, aparentemente, visíveis a viveres resignados, mas fiam futuros entrelaçados no bem comum, à espera que o olhar se liberte. Parecem atitudes mínimas, mas são elas o garante de um novo olhar, de um novo respirar.
De que olhar falais? De que respiração?
Falamos das memórias, da eterna (re)construção. Não são elas o nosso eterno guia? Repara no que passaste, no que leste, no que ouviste. Que peso tem isso em ti? Que esculturas queres moldar? A vida em crescendo é um sortilégio com muitas voltas, plena de subterfúgios, mas imune a estocadas de aprendizes. Esses só estragam, não sabem o que é o equilíbrio. E o vento, mais tarde ou mais cedo, acaba por varrê-los.
Que fazer, então?
Ouve, escuta, age em conformidade. A princípio pode até parecer que o pão te falta, mas o respirar do caminho se encarregará de revelar os segredos do gatinhar dos teus filhos, dos desenhos dos seus sonhos. Quando sentires isso, deixarás de sentir opressão no teu pensar. É esse o teu caminho, por mais que doa.
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