85% de cortes e a dor de uma dose cavalar...
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85% de cortes e a dor de uma dose cavalar...



Nosso comentário:


Mais um dia se vai finando neste nosso Portugal sem Abril por perto.
Ouvem-se ecos de notícias menos boas do que era costume uns tempos atrás. A cada dia que passa o enjoo pelo que se passa vai aumentando.
Viciam-nos numa enxurrada de suposta democracia, qual caganeira de palavras dúbias e enganosas. Para muitos, este regime que vigora, de democracia só já tem o nome.
Haverá no senso comum, cada vez mais "ditadores" do que democratas. A sua "democracia, a desses ditadores," advém-lhes do facto de exercerem as suas funções com o beneplácito do voto de alguns cidadãos que eles próprios angariam nas campanhas eleitorais para validar 4 ou 5 anos de poleiro.
Digo alguns cidadãos porque é sabido como a "coisa política" se vem degradando, ao ponto de haver eleições em que já não votam metade dos eleitores. E quem é eleito para ser "ditador em democracia" terá quando muito a metade da metade dos votos do eleitorado potencial.
Muito pouco para se governar com o selo firme da democracia, muito pouco para se poderem tomar medidas cegas e prepotentes mais ao jeito das ditaduras.
São muitos os que começam a pensar seriamente, tirando claro está, os que já o fazem, em deixar de ir às urnas no dia das eleições validar esta gente que em nada corresponde, no mínimo sequer, ao prometido em campanhas eleitorais.
Votar para quê?
Uma pergunta que começa a fazer sentido mesmo para os democratas. Para aqueles que se bateram pela liberdade, que viram no voto livre uma afirmação de dignidade e afirmação de cidadania.
Ainda hoje voltava o dr. Passos Coelho, 1.º ministro deste país, a afirmar que Portugal não é a Grécia. Como se os portugueses fossem parvos, estúpidos, analfabetos, como se algum dia Portugal tivesse sido a Grécia...
O 1.º ministro disse isto para justificar mais um dito por não dito, dizer que é melhor não pedir as condições mais favoráveis que são dadas atualmente aos gregos.
Foi por isto que ele o disse.
Já o tinha visto interessado nessas condições favoráveis. Mas talvez os recados vindos dos mandantes o tenham feito mudar de opinião.
Porque, quanto ao resto, creio que ele sabe que Portugal não é a Grécia.
E também deve saber, completando tal verdade, que a capital de Portugal é Lisboa, a capital da Grécia é Atenas. A 2.ª cidade de Portugal é o Porto, a 2.ª cidade da Grécia é Salónica.
Depois neste dia a dia do nosso Portugal em que tanta coisa menos boa acontece, vieram-me duas notícias que me fizeram vir a correr para o blogue e me tiraram a vontade de ler mais o que quer que fosse na comunicação social.
O dr. Medina Carreira, ex-ministro das finanças foi vasculhado, quer dizer a sua casa, pela polícia judiciária. Estas buscas foram desenvolvidas no âmbito da operação "Monte Branco", estando em causa um conjunto de movimentos financeiros, ocorridos entre 2006 e 2012, realizados no quadro de um esquema de ocultação da origem dos fundos e da sua conversão em numerário, abrangendo montantes, na sua totalidade, superiores a 30 milhões de euros. Este senhor tem inúmeros fãs, pelo que oxalá tudo não passe de uma cabala, como agora se diz. Sobretudo para não frustrar as espectativas de honestidade que nele depositam seus fãs.
Com o dr Medina Carreira em "queda" também a queda de 3,5% do PIB no 3º trimestre do ano é pior do que previsto pelo próprio INE, as exportações continuam em desaceleração e o emprego em queda. 
Passos Coelho insiste em falar em “bons resultados”.
 
 
PS. Ainda na ótica dos bons resultados que Passos teima em sublinhar, deixo aos leitores a notícia que é testemunho da imaginação e criatividade férteis deste governo: nada de crescimento como se vê acima, e cortes sempre feitos onde é mais fácil: reformados, pensionistas, doentes, estudantes...


Fiquem bem, António Esperança Pereira
 
 
http://lusito.bubok.pt/

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Educação e Segurança Social valem 85% dos cortes


por Luís Manuel Cabral
 
 
Vítor Gaspar pediu corte de mil milhões de euros na Educação e 2.700 milhões na Segurança Social.
 
O "Diário Económico" escreve na sua edição de hoje que "Segurança Social e Educação são as funções sociais do Estado que vão suportar a maior fatia do corte de 4,4 mil milhões de euros que o Governo tem de fazer no âmbito da reforma do Estado". O jornal apurou que "só nestas duas áreas, o Ministério das Finanças definiu uma redução de cerca de 3.700 milhões de euros, o que corresponde a 85% do total do corte na despesa".
O jornal adianta ainda que "A Saúde também será chamada a contribuir, mas apenas com um corte de cerca de 180 milhões de euros. Às áreas da Justiça, Defesa e Administração Interna caberá uma fatia de 500 milhões de euros. No total, chegar-se-á a cerca de 4,4 mil milhões de euros, um valor ligeiramente superior aos quatro mil milhões inicialmente anunciados pelo primeiro-ministro".



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