Nosso comentário:
Muito se tem falado em cultura, parece que esta governação será pouco dada a grandes saberes (refiro-me eu ao "saber" no conceito antigo) quando era melhor ter a 3.ª classe do que não ter nada, quando era melhor ter a 4.ª classe do que ter a 3.ª, quando era melhor ter o 2.º ciclo dos liceus do que ter o 1.º... e assim sucessivamente.
Ou seja, qualquer pai ou mãe que se prezasse, sonhava ter o seu filho com o maior número de habilitações possível, nem que para isso tivesse que fazer todos os sacrifícios, enfrentar privações, passar as passas do Algarve, como se costuma dizer.
Era o grande sonho do acesso e alargamento da educação a todos, a chamada "democratização do ensino".
Sonho que corre o risco de ficar pelo caminho.
Estamos a voltar aos tempos em que sonhos desses, de uma educação cada vez mais ao alcance de todos, está a ser posta em causa.
No entendimento deles, dos que mandam, a malta tornou-se muito culta, tem habilitações a mais e eles, governantes e os muito ricos que os apoiam, querem é mão de obra barata, trabalhando muito e ganhando pouco, de preferência sem carola para levantar muito cabelo.
Uma sociedade assim idealizada para concorrer em trabalho com os países mais pobres, torna-se evidente, que só poderá fazer regredir cada vez mais os sonhos que os pais e avós de antes tiveram para seus filhos e netos de agora.
Não há vontade política para privilegiar a qualidade das pessoas, quando o que se pretende é mão de obra barata e trabalho escravo.
Há vontade política sim para que uns tenham acesso a tudo e outros não tenham acesso a coisíssima nenhuma.
Ora, um ambiente tão desigual não será saudável, não será fácil o convívio pacífico futuro entre tais e tantas disparidades sociais. Estarão em causa seguramente os ideais nobres da revolução francesa:
"Liberdade, Igualdade, Fraternidade" e...consequentemente,
a Democracia.
PS. Deixo-lhes uma anedota para amenizar o desabafo, mas reparem que, nas entrelinhas, até tem a ver com a temática do texto...
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
O QUE VALE SABER LÍNGUAS...
(Anedota)
Um alemão, procurando orientação sobre o caminho, pára o carro ao lado de outro com dois alentejanos dentro.
O alemão pergunta:
«Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?»
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
«Excusez-moi, parlez vous français?»
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
«Prego signori, parlate italiano?»
Nada por parte dos alentejanos.
«Hablan ustedes español?»
Nenhuma resposta.
«Please, do you speak English?»
Nada....
Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora.
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvêz devêssemos aprenderi uma língua estrangêra...
- Mas p'ra quê, compadri? Aquele gajo sabia cinco e adiantou-lhe alguma coisa?
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Se dúvidas tínhamos de que havia mais que um caminho, apesar da lavagem ao cérebro feita sobre os portugueses nestes últimos quatro anos, o novo governo que agora tomou posse desfez essas dúvidas.Poderia aventar-se que apenas o discurso mudaria....
Nosso comentário: Não é nosso hábito, salvo raríssimas excepções, publicar anedotas no blogue.Todavia, publico hoje uma, que em boa hora recebi, por dois motivos principais:O primeiro dos motivos é este: embora tratando-se de uma anedota simples,...
Nosso comentário: Para quebrar um pouco a onda de revolta, de contestação que se vai verificando um pouco por todo o lado, hoje dedico minha atenção a um excelente trabalho de um mágico.Valorizar os talentos de cada um nunca fez mal a ninguém....
Nosso comentário: Apesar de estar perfeitamente de acordo com a introdução feita no início do texto, eu também sou avesso a linguagens menos respeitáveis... não que não apeteça soltar uns palavrões valentes de quando em vez, mas a educação...
Deveria ser assim. Somente quem cursou o Ensino Médio todo em escola pública poderia ter ingresso em uma universidade pública. Seria a melhor forma de equilibrar a completamente desequilibrada competição de acesso à uma universidade pública. "Ah,...