Nosso comentário:Muitos ricos e famosos acabam não poucas vezes por se perder nos caminhos da vida, também nos caminhos da usura a que as elevadas fortunas acabam por levá-los.
Este "rapaz", de nome Gerard Depardieu, grande ator francês, habituou muita gente a uma imagem de "tipo fixe", aquilo que em outro tempo se poderia apelidar de "gajo porreiro e solidário."
Pois bem as últimas medidas do governo francês, não sei se só por isso, puseram este famoso fora de si. Ainda não havia muito tempo, tinha mijado na carpete de um avião da air france, agora foge do seu país por ser rico e lhe dizerem que tem que pagar mais impostos que os menos ricos.
Traduzido por outras palavras, este francês, chegada a hora de lhe apelarem ao coração, ao chamamento da Pátria em dificuldades, faz um manguito e "basa".
E nós que cuidávamos que estes franceses eram uns chatos de uns nacionalistas...
No fim de contas, outros países com menos pergaminhos de nacionalismos têm taxado os seus ricos com mão pesada e não tem sido por isso que abandonam os seus países.
Vá lá a gente a entender isto...
Afinal outro francês célebre, Blaise Pascal, sabia o que dizia ao afirmar: "le coeur a des raisons que la raison ne connait pas" ( "o coração tem razões que a razão desconhece")
Este caso francês do Gerard Depardieu é exemplar para percebermos porque em Portugal se evita pôr zangados os mais ricos, ou seja taxá-los com elevados impostos por terem pecúlios de milhões.
Muitos seguramente, se tal acontecesse, seguiriam as pisadas do sr Depardieu.
Afinal Portugal que se lixe, os pobres e remediados que paguem a crise, não tenho que ser eu, comentaria o rico português se lhe apertassem os calos.
Digo eu...
Mas os ricos de Portugal podem estar tranquilos, tanto quanto posso perceber, não serão as governações da alternância cíclica, que lhes pisarão os calos.
Daí eu ter-me rido hoje ao ler a notícia de um encontro entre o BE (Bloco de Esquerda) e o PS (Partido Socialista) em que o primeiro estendia a mão ao segundo para um possível entendimento de governação à esquerda.
A intenção é louvável, há que dar um pontapé nos que lá estão o mais rapidamente possível.
Só que, é minha convicção de que o PS só quebraria a alternância política que habitualmente lhe cai nas mãos de bandeja, se pressionado pelos militantes e simpatizantes.
Ou também, o que não me parece ser o caso, por uma liderança corajosa que quisesse agarrar o touro pelos cornos sem medo de etiquetas e de rótulos.
PS. Em baixo podem ler a notícia do "caso Gerard Depardieu"
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
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declarar residência na Bélgica para fugir ao fisco
O actor francês Gerard Depardieu está a ser alvo de uma chuva de críticas após ser noticiado que mudou a sua residência fiscal para a vizinha Bélgica para escapar à nova taxa de 75% para os contribuintes gauleses de maiores rendimentos.
Este é apenas mais um polémico episódio para o actor de 63 anos, depois de ter urinado numa garrafa a bordo de um avião, ter caído de uma vespa quando estava embriagado ou ter-se associado à filha de Islam Karimov, o presidente ditatorial do Uzbequistão.
Depardieu mudou a sua residência fiscal para Nechin, uma pequena aldeia junto à fronteira franco-belga que se tornou um local de eleição para os franceses mais ricos que assim evitam a taxa de 75% aprovada pelo governo de François Hollande.
Um quarto da população da aldeia é francesa, incluindo membros das famílias Meunier e Mulliez, proprietárias do Carrefour e Auchan, respectivamente.
O maire de Paris, o socialista Bertrand Delanoe, afirmou: «É pena porque é um grande actor e alguém que conheço e gosto. Ele é um homem generoso, mas neste caso não é isso que mostra».
Jean-François Cope, um dos líderes da UMP, também criticou o episódio, aproveitando para apontar o dedo à política fiscal de Hollande.
«Não quero fazer julgamentos, mas é negativo para o país e para a sua imagem. Não vemos os principais empresários ou celebridades a saírem da Bélgica, Reino Unido, Alemanha ou Itália», referiu.
A nova taxa de 75% incide sobre os rendimentos anuais superiores a um milhão de euros.
Para além de cobrar cerca de dois milhões de euros de cachet por filme, Depardieu possui vários negócios e propriedades. O actor possui uma vinha e um palacete no Vale do Loire, participações em várias adegas em França e noutros cinco países, três restaurantes em Paris, uma peixaria e uma produtora.
O exílio na Bélgica de Depardieu terá de ser interrompido na próxima quinta-feira, data em que o actor terá de comparecer em tribunal na sequência da queda de uma vespa no mês passado quando conduzia com um nível de álcool três vezes superior ao limite legal.
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