Nosso comentário:
Acabei de chegar aqui ao blog vindo de mais um "debate em família" entre um partidário do PSD (direita) e um deputado/Presidente de Câmara do PCP (comunista)
Ambos diziam umas coisas, tem que ser, já que a televisão que os contrata, pelo menos isso lhes deve exigir.
Em outro tempo, antes do 25 de Abril, criticava-se muito a monotonia das "Conversas em Família" do prof. Marcelo Caetano.
Lembram-se delas? os que se lembram, sabem do que falo.
Caros leitores do blog, em plena época de campanha eleitoral para as eleições do Parlamento em Portugal, numa altura decisiva para o destino do país, que tresanda em carência de tudo, quase se adormece a ouvir tais interlocutores.
Interlocutores estes que, em tempos idos, talvez proporcionassem uma troca acesa e interessante de pontos de vista.
Qual quê? Uma tristeza e um deserto de ideias.
Acabam por falar de coisas supérfluas, por trocar sorrisos amistosos, depois para justificarem o tempo de antena que lhes pagam, e por mútua conveniência, decidem ambos dizer mal do PS (que não está no debate) e do Syriza (que é aquele "maldito" partido esquerdista grego)
Eu chamaria a isto, sem qualquer interesse pessoal na matéria, a vitória assumida e apadrinhada do "caminho único" que nem sabemos ainda qual é.
Por isso referi as "Conversas em Família" do Prof. Marcelo Caetano, de antes do 25 de Abril. Monótonas, previsíveis, e de um só caminho. O caminho de então: o Salazarismo.
Uma paz podre que espanta quando anda tudo nervoso por esse mundo: os mercados bolsistas chineses, o mundo árabe, os migrantes, a xenofobia ante os refugiados de guerra, países destruídos, etc etc.
Tal e qual como acontecia com o Prof. Marcelo na altura. Portugal em várias frentes de guerra, mortos, estropiados, juventude sacrificada, famílias separadas pela emigração e ele, o 1.º ministro de então, a dar-nos baile pela televisão em conversas de família.
Afinal, tal como agora, só que agora tudo pia mais fino. Dão-nos baile em democracia, e em múltiplos canais televisivos para não nos faltar nada.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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