ESCONJUROS EM TONS DE VERDE
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ESCONJUROS EM TONS DE VERDE


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Hélio Cunha, A Estação dos Pássaros
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Avesso a conjuras e maus presságios, o ressoar da madeira ecoava pelo vale, entoando cantilenas de pássaros em construção.
Sentias-me habitado, emaranhado em equações de verdes desígnios, e subias ao alto da colina para me trazeres novas do horizonte.
Oferecias-mas ao serão, imbuída de cores, retribuía com relatos da arquitectura das aves. Já os sabias, já a sentias. Nessas horas éramos crentes, o ritual apenas acentuava o brilho das palavras primordiais.
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- (re)encontros
. . . Hélio Cunha, O Reencontro dos Amantes. . Elevas-te nas palavras, invocas químicas sem rasto na memória, o teu eco inunda a aurora de desenhos, alados nas intenções, muitas pontas por (des)atar.Oiço-te, nem sempre entendo. Mas também há...

- Mergulho Em Praia NÃo Vigiada
. Pintura de Margarida Cepêda.. . Cansaste-te dos muros de betão, e algo te impeliu a mergulhar nas profundezas da memória em busca do fio condutor.Ignoraste as trombetas anunciadoras do brilho, pois do efémero já tu sabias, e ousaste penetrar nos...

- EsboÇo
.Hélio Cunha, Hécate . . . Das aves aprendi serem sabedoras do seu percurso, lúcidas viajantes avessas ao brilho do néon. Delas também sei das pausas, dos raros momentos em que deixam rasto das ilhas que sobrevoam. Foi assim, num fim de tarde, que...

- Para LÁ Das Brumas
.Hélio Cunha, A Ilha. . . Sinto que me ouves, que entendes a obsessão pela transparência das águas. A terra queimada, enfeitada em acordes ruidosos, é propícia à cegueira. Sente-se a agitação da turba, clamando por eructação e riso, e até...



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