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EUA à beira do incumprimento: Clive Crook, Financial Times
A notíciaO governo americano ultrapassou o limite legal da dívida, fixado em 14,3 biliões de dólares (€10,1 biliões), há precisamente nove dias.
Como os gastos superam largamente a receita, a administração decidiu adoptar "medidas extraordinárias" para não comprometer o limite autorizado pelo Congresso, nomeadamente a suspensão de pagamentos aos fundos federais de pensões de reforma e invalidez, para travar o aumento das suas dívidas a terceiros. No entanto, refere o Tesouro, ficará sem alternativas a 2 de Agosto. Mas não só. Na ausência de um "Plano B" é inevitável que o governo americano entre em incumprimento.
Diz-se à boca fechada que haverá um acordo de última hora, mas as dúvidas persistem. Política à parte, a solução é óbvia: aumentar a receita sem subir impostos. Um sistema fiscal mais simples com uma base tributária mais alargada pode estimular a receita e baixar os juros. Eis o elemento chave do plano Bowles-Simpson, subscrito pelo senador Republicano Tom Coburn, figura de proa na defesa de um acordo orçamental bipartidário, mau grado o desacordo do seu partido. As perspectivas são sombrias e o desfecho não deverá andar muito longe do acima referido. No entanto, a pergunta que todos fazem é: "A que tipo de acordo se vai chegar em Agosto?".
Solução? É preciso definir novas metas para reduzir o défice e adoptar princípios relativamente vagos para as medidas automáticas para conquistar o apoio de Republicanos e Democratas. Nada disto vai resolver o problema no longo prazo. Quando muito, vai evitar um choque político no curto prazo. Como é óbvio, haverá quem cante vitória. Eis o estado a que chegou Washington.
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Nosso comentárioNinguém ficará mais surpreendido do que eu com uma notícia destas, à qual tentei, mesmo assim, abreviar os contornos.
As notícias valem o que valem, os factos são apenas factos.
A verdade é que, para aqueles que ainda teimam em afirmar de que se trata de uma CRISE LOCAL, da Europa, de Portugal, que a culpa é deste ou daquele, estão definitivamente a faltar à verdade, esta é a melhor prova de que há algo de grave bem mais profundo e abrangente na economia global do que um deslize perpetrado aqui e ali.
Quem diria, os Estados Unidos da América, a maior potência mundial, a terem que iniciar planos de austeridade para pagar a dívida colossal que têm contraída.
Que poderão entrar no próximo Verão em INCUMPRIMENTO?
Se o Fernando Pessa, enorme jornalista da nossa praça, fosse vivo, não deixaria de comentar com a graça e o bom humor que lhe eram peculiares:
"E ESTA HEIN?"
Pois é, não desejo de todo ver os americanos de Fiat 600 ou similar, ou andarem apeados ou de transportes públicos, seria uma violência para quem tem tido o nível de vida mais elevado do planeta.
Não seria bom para eles se isso sucedesse, não seria bom para o mundo, algo estaria a ir muito mal.
De qualquer forma, de Fiat 600, a pé, de bicicleta, de transportes públicos, de outra maneira qualquer, há-de seguramente continuar a fazer-se caminho no pós crise actual.
Uma coisa fica clara, porém:
Depois desta crise -
oferta de dinheiro a mais a um consumo desenfreado, com roubalheira e falta de bom senso à mistura- haverá que passar a ser mais comedido nas despesas, quer pessoais, familiares ou dos Estados.
Eu diria: Sonhar sim, que o sonho comanda a vida, mas com os pés assentes na terra!
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Bom fim de semana,
António Esperança Pereira
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