Itália "à la carte" ou o fim das democracias?
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Itália "à la carte" ou o fim das democracias?



Nosso comentário:


Itália "à la carte" ou o fim das democracias?
Intitularia eu assim umas breves palavras sobre o que me é dado dizer sobre as eleições italianas.
Tanto quanto se lê, se ouve e se vê, consoante a fonte "media" que nos informa, parece que estes resultados democráticos manifestados nas urnas pelo povo italiano, não resultaram a contento dos poderes europeus. Poderes europeus cada vez mais obscuros que da Europa têm uma leitura nova cujos contornos desconhecemos na sua totalidade.
Exemplo disso são as preocupações manifestadas publicamente pela Alemanha, pela França, pela Comissão Europeia.
Também os mercados financeiros reagiram mal, com muito nervosismo a tais resultados inquietantes para este planeta comandado ditatorialmente pelo "Mundo do Dinheiro".
O que me leva a fazer uma pergunta ingénua: será que a democracia só é boa se servir os interesses instalados, só é boa se responder ao predeterminado interesse do grande capital?
O que a distingue  então... (à democracia) a partir de agora, de uma ditadura?
Entrou-se num novo paradigma.  
Em vez de haver pessoas, cidadãos, devidamente informados e livres, com direito a livre expressão e opinião, não:
Estes votam bem, aqueles votam mal, estes servem, aqueles não servem. Depois dizem que só se formará um governo fixe se  estes ganharem, se ganharem os outros, está tudo lixado.
Então é lícito indagar-se: 
para que há eleições? para fazer de conta que é o povo que sufraga quem decide e governa mal?
Não será tempo de os poderes que rejeitam as eleições tal como são, tal como os povos expressam sua vontade, assumirem que o que querem não é isso, mas sim um poder autocrático? 
assumirem que o que querem é ter de novo uma espécie de ditaduras?
Percebo que não será fácil assumir isto de uma forma clara pelas chamadas "grandes democracias europeias" e não só. 
Mas em boa verdade se diga que no campo da realidade nua e crua é o que se passa.
"Democracias a contento" sim, são boas democracias. "Democracias efetivas", que representem diversidade, opinião, oposição, que representem a vontade popular, essas são más democracias.
Ou seja, quando ganha a vontade popular...distinta do predeterminado e útil, cai logo o Carmo e a Trindade:
-Ai os mercados, ai o rei, ai a rainha, ai o presidente, ai o chanceler, ai a troika, ai os investidores, ai, ai , ai, ai......
Creio que a dificuldade maior em assumirem-se de vez estas "democracias autocráticas, ditatoriais", está no facto de que a palavra "DEMOCRACIA" se tornou numa bandeira. 
Por ela se fazem guerras. Por ela se invadem países, por ela se dá e se tira crédito. Por ela se derrubam os "maus" e se elegem os "bons".


PS. Desculpem meu desabafo, caros leitores, todo ele devido ao facto de em Itália não ter ganho as eleições, quem "ELES" queriam.



Fiquem bem, António Esperança Pereira
 
 
http://lusito.bubok.pt/





A Itália está mergulhada num impasse político, sem vencedor claro nas eleições nacionais de domingo e segunda-feira, o que fez soar os alarmes de um possível regresso da crise, desta vez na terceira economia da zona euro.
Os mercados financeiros reagiram de forma muito negativa ao anúncio de uma vitória arrancada a ferros do centro esquerda na Câmara dos Deputados (29,54% contra 29,18% para a direita de Silvio Berlusconi) e a sua incapacidade para obter uma maioria no Senado.
Os politólogos italianos procuram analisar hoje o "boom de Grillo, o ex-cómico cujo Movimento Cinco Estrelas conseguiu um quarto dos votos nas duas câmaras do Parlamento italiano e se encontra na posição de "árbitro" na política italiana.
Um dia depois do seu resultado-surpresa nas eleições, Beppe Grillo veio já dizer que a sua formação não pretende aliar-se a nenhum outro partido, mas decidirá caso a caso se vota ou não a favor das reformas propostas pelo próximo governo.
Stefano Folli, do jornalo Sole 24 Ore, explicou à AFP que este voto de protesto se prende com a "desconfiança perante a moeda única e os sacrifícios impostos pela União Europeia" em menos de 15 meses de governo tecnocrata liderado pelo ex-comissário europeu, Mário Monti.
A Comissão Europeia garantiu, por seu lado, ter ouvido a mensagem de "preocupação" enviada pelos cidadãos italianos, mas pediu a Roma para "respeitar os seus compromissos" em termos orçamentais e de reformas. A perspetiva de ingoverrnabilidade na terceira economia da zona euro provocou o caos nos mercados: a Bolsa de Milão perdia 4% ao início da tarde.
A Itália preocupa porque está em forte recessão (- 2,2% para o PIB de 2012) e enfrenta uma dívida colossal de dois biliões de dólares.



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