Medo de Portas, do PSD, da rua, da opinião pública
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Medo de Portas, do PSD, da rua, da opinião pública



Nosso comentário:


Mal abri hoje o computador, e acedendo à internet, designadamente na página inicial do MSN, que dá depois acesso à super famosa caixa de email "hotmail", deparei-me de imediato com um desabafo do primeiro ministro: "o governo não vai cair".
Longe de ficar descansado, pois com este registo de governação é só levar porrada, atrás de porrada, isto no sentido de que dali é só coisa má, atrás de coisa pior, atrás de coisa péssima, que se espera.
Diria que fiquei um tanto perturbado só de pensar na possibilidade de o dito governo se aguentar por muito mais tempo.
Sei que a poderosa aliada de Passos, a alemã Sr.ª Merkel, tem visita a Portugal marcada para 12 de Novembro, mas c'os diabos há cá mais gente para a receber...
Que não seja por isso que tem que se levar com esta gente da governação por muito mais tempo.
Por outro lado e pensando bem, aquele desabafo pode ser entendido também como uma primeira constatação de que pode estar preso por arames ou fios mesmo, expressões que já vi utilizadas algures.
Para caraterizar este governo vou socorrer-me de recentes palavras de José Pacheco Pereira, como se sabe um homem do PSD,  num artigo titulado "A vingança sobre a Função Pública", publicado no jornal "Público" no passado dia 13 deste mês de Outubro.
Deixo um excerto, pois o artigo continua e, para quem não teve a oportunidade de o ler, basta consultar o dito jornal diário do dia 13 de Outubro de 2012. Muitas mais coisas pouco abonatórias do governo por lá se dizem.
Estou de acordo com Pacheco Pereira quando ele diz que o governo "faz tudo aos arranques e recuos, conforme o medo de Portas, do PSD, da rua e da opinião pública".
Dito isto caros leitores, e para aliviar o stress, termino com uma frase de minha autoria:
"Esforço-me imenso por gostar deste governo, mas fico sempre tão cansado tão cansado com o esforço, que desisto de gostar."
 
 
PS. Deixo-os com o excerto do artigo de José Pacheco Pereira, mais abaixo um resumo retirado do facebook sobre um artigo do Público que visa a empresa "TECNOFORMA" a que estão ligados Relvas e Passos Coelho, que muito tem dado que falar. 
 
 
 
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://www.bubok.pt/libros/2158/PORTUGAL-PERIFERICO-OUO-CENTRO-DO-MUNDO
 
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Escreve José Pacheco Pereira - Uma das mais injustas fórmulas, sabiamente explorada por este Governo, é a que "substituiu" as medidas mais gravosas de austeridade por "cortes na despesa pública". Treta. Substituiu algumas medidas de austeridade genérica por outras de austeridade dirigida. Para quem? Surpresa! Para os funcionários públicos. Fê-lo, como faz tudo, de forma pontual e aos arranques e recuos, conforme o medo de Portas, do PSD, da rua e da opinião pública. De há um ano para cá que uma das linhas de continuidade da actuação deste Governo tem sido uma hostilidade profunda dirigida contra os trabalhadores da função pública, que encontra mais uma vez expressão nas medidas do actual orçamento. Começou por ser hostilidade, patente logo no dia seguinte ao primeiro anúncio dos cortes dos subsídios de Natal e de férias, faz agora um ano, quando Passos Coelho incitou claramente ao confronto entre trabalhadores privados contra os "privilegiados" da função pública. Depois da decisão do Tribunal Constitucional, a atitude do Governo, a começar pelo primeiro-ministro, passou de hostilidade à vingança, como se todos os meios, "custasse o que custasse", fossem usados para evitar que os trabalhadores da função pública "escapassem" aos cortes. Os próprios juízes foram enxovalhados com a acusação entre dentes de que tinham decidido em causa própria, para proteger os seus subsídios, exactamente porque eram... funcionários públicos. As mesmas insinuações foram dirigidas ao Presidente, ele próprio também funcionário público, como professor e funcionário do Banco de Portugal. A palavra "equidade" tornou-se quase um insulto e as medidas governamentais são cada vez mais punição e vingança.

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(Imagem retirada da internet)

(Retirado do facebook, com link do artigo publicado no jornal "Público")

 
O jornal Público denunciou as negociatas da Tecnoforma, empresa onde Passos Coelho foi consultor primeiro e, depois, administrador.
O jornal dedica seis-páginas-seis a mais um negócio da Tecnoforma. O enredo é intrincado, descrevendo os contornos completos do cambalacho mas, em traços largos, conta-se assim:

Miguel Relvas, enquanto secretário de Estado da Administração local, cria um projecto de formação de técnicos camarários para aeródromos e pistas de helicópteros, dando-se como justificação a necessidade de preservar a segurança das aeronaves, passageiros e tripulantes tendo em conta, e passo a citar, os "atentados terroristas de 11 de Setembro nos Estados Unidos". Assim sendo, e colocando-se ao serviço do País e de tão meritórios desígnios, a Tecnofarma propõe, por largos milhares de euros, a criação dos tão necessários cursos, não fosse a Al-Qaeda reparar na existência de uns tantos aeródromos quase inactivos dispersos pelo Portugal profundo e mandar por lá umas bombas de mau cheiro. A partir daqui a história complica-se, por isso foram necessárias 6 páginas de jornal para explicar tudo, tintim por tintim.

Uma coisa é certa: os cursos foram administrados, o carcanhol empochado e os formandos, esses, não viram as suas habilitações oficialmente reconhecidas uma vez que esses cursos nunca foram homologados pelas entidades competentes, apesar dos documentos da candidatura afirmarem o contrário.

Moral da história, ou em suma:
o homem que nos acusa de termos vivido acima das nossas possibilidades, o homem que se apresentou impoluto ao eleitorado.
O homem que jurou para quem o queria e não queria ouvir que ia limpar a máquina do Estado de todas as maroscas e contratos ruinosos (os dos socialistas, claro), é o homem da Tecnoforma. Em boa forma, serviu-se do Estado. E o pior é que, agora, nos quer fazer pagar a factura. Por inteiro. Com juros e dos de agiota.

Escusado será dizer que essas helipistas e aeródromos são, hoje, campos de erva daninha onde, pacificamente, pastam ovelhas e reina a desolação.

É a rota da vergonha, diz o Público e diz muito bem.

http://ouropel.blogspot.pt/2012/10/coelho-relvas-e-rota-da-vergonha.html?spref=fb



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