MON(TE)SANTO
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.A. Magalhães - Monsanto
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As nuvens negras pairam no ar, convidando a reflexões sombrias de ave agoirenta. Insinuam-se cenários desoladores, naufrágios, pilhagens...
Contudo, para quem estiver atento, a capacidade da vida nos surpreender é infindável. Às vezes basta um gesto, um olhar diferente, uma atitude de quem nos rodeia. Noutras é a alma de certos lugares que nos bate à porta, inundando-nos de estranhas sensações, como se quisesse despertar em nós linguagens há muito esquecidas na memória dos homens. E ficamos ali, numa tentativa de comunicar com algo, rebuscando no mais profundo do nosso interior.
Há tempos passei pela aldeia histórica de Monsanto, numa revisita sempre propiciadora de novos tons e sensações. Calcorreei as calçadas, subi ao castelo, perdi-me na imensidão da paisagem. Às tantas, já com o sol a esconder-se para lá da longínqua Gardunha, as pedras pareceram começar a ganhar vida. Sentia-se, a pouco e pouco, algo a libertar-se no ar, dando vida e sentido àquela nave de pedra, testemunha milenar de múltiplas formas de olhar e respirar. Aquela estranha energia invade-nos, possui-nos e, por momentos, tudo parece fazer sentido...
A viagem de regresso é feita com o que ainda resta da sensação, que se vai esbatendo na distância. Mas há algo que fica, que nos resgata, que nos impele ao regresso, à procura daquela sensação vislumbrada ao pôr-do-sol, numa espécie de fronteira em que se parece sentir, por momentos, o sentido da palavra primitiva.
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