Textos e Mensagens
O PESCADOR DE PÉROLAS
.Hélio Cunha, O Pescador de Pérolas
...Quando descobriu a sua primeira pérola, a sensação foi de júbilo. Fruiu-a por uns tempos, e partiu em busca de mais.
À medida que as ia descobrindo, sentiu a necessidade de entender a sua formação. E começou a olhar as pérolas com outros olhos.
Diziam-lhe que se deveria contentar com o facto de as ir descobrindo, de agradecer a dádiva, de viver o presente. Mas, apesar de agradecer, não era essa a sua forma de o viver. Queria entender, perceber por inteiro. Queria ter acesso à melhor flor da criação: conhecer, ainda que num vislumbre, os fios com que fora tecida. Então sim, faria sentido dar corpo à cabana num qualquer lago, numa qualquer floresta imaginária, onde as estrelas o tratariam por tu.
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..Normalmente, quando confecciono este tipo de textos, a escrita surge de um só fôlego. São cinco minutos em frente do computador em que, após abrir a porta, as palavras saem conforme a circunstância. São textos, pois, em estado bruto, sem qualquer preocupação de coerência. Daí colocar-lhes a etiqueta "bloco de notas".
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Água Fresca
. John William Waterhouse, Diógenes. . Partiu, pleno de ilusão, com blocos e blocos de folhas virgens. Não queria deixar em claro todo e qualquer ínfimo pormenor da sua demanda.À medida que sentia o pó, o sol e o frio a tatuar-lhe a pele, começou...
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A Eterna QuestÃo De Ousar
. Hélio Cunha, Pescadores de pérolas. . . Há homens que trazem o mundo nos olhos. Ouvem-se, ouvem o vizinho, ouvem as árvores, conjugando tudo no mesmo respirar.Há homens que, sendo o que são, se ultrapassam. São seres que acreditam, que lutam,...
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Acerca Do InfindÁvel Da Viagem
. Hélio Cunha, A Porta do Infinito . . . Tinha sido forjada em boa conjugação astral. A vida, sempre ávida de provas e testes, bem a tentava com sorrisos de néon, mas ela não cedia. Apenas lhe interessava o que respirava ao ritmo do coração.Quando...
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Flor
.Hélio Cunha, O Abismo do Paraíso.. . . Era no tempo da intensidade dos dias, quando o alegre murmurar do regato abafava a teia do asfalto. Bebia ocasos e madrugadas a olhar as aves, a senti-las, a entender a sua bússola. A inquietude não se desfazia,...
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Devaneio
.Margarida Cepêda, Pedestal de Solidão e Luz . . . Caminhava desde que tinha consciência de si. A princípio muito atabalhoadamente, fase em que o dogma tivera muito peso, mas a pouco e pouco fora conseguindo rasgar as cortinas do pensamento. Quando...
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