O PESCADOR DE PÉROLAS
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O PESCADOR DE PÉROLAS


.Hélio Cunha, O Pescador de Pérolas
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Quando descobriu a sua primeira pérola, a sensação foi de júbilo. Fruiu-a por uns tempos, e partiu em busca de mais.
À medida que as ia descobrindo, sentiu a necessidade de entender a sua formação. E começou a olhar as pérolas com outros olhos.
Diziam-lhe que se deveria contentar com o facto de as ir descobrindo, de agradecer a dádiva, de viver o presente. Mas, apesar de agradecer, não era essa a sua forma de o viver. Queria entender, perceber por inteiro. Queria ter acesso à melhor flor da criação: conhecer, ainda que num vislumbre, os fios com que fora tecida. Então sim, faria sentido dar corpo à cabana num qualquer lago, numa qualquer floresta imaginária, onde as estrelas o tratariam por tu.
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Normalmente, quando confecciono este tipo de textos, a escrita surge de um só fôlego. São cinco minutos em frente do computador em que, após abrir a porta, as palavras saem conforme a circunstância. São textos, pois, em estado bruto, sem qualquer preocupação de coerência. Daí colocar-lhes a etiqueta "bloco de notas".
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