Revolta: Presidente do Sindicato dos Magistrados do MP
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Revolta: Presidente do Sindicato dos Magistrados do MP


Na manifestação dos "Indignados" clamou-se por um 25 de Abril


João Palma, Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público


O OE para 2012 prevê medidas extraordinariamente penalizadoras para quem vive do vencimento do seu trabalho. Os cortes nos salários, a eliminação dos subsídios de férias e de Natal e o fim das deduções fiscais afectam significativamente as famílias, geram descontentamento e revolta, desmotivam quem trabalha.

Infelizmente, o problema é nacional e transversal, é o próprio regime que está em causa. Nas manifestações de ‘indignados’ clamou-se por um novo "25 de Abril". As pessoas exigem justiça social, que a democracia deixe de ser um protectorado para os mais influentes e poderosos, que deixem de ser sempre os mesmos a pagar a factura. A revolta está a germinar. Exige-se a um Governo que tem o arrojo de avançar com estas medidas que tenha também a coragem para limpar a podridão no mundo dos negócios, que crie condições para investigações sérias que responsabilizem quem faz gestão danosa dos dinheiros públicos, que diminua despesas supérfluas no aparelho do Estado e no sector público. O desafio do Governo vai muito além do OE. É o desafio da seriedade, da credibilidade, do respeito e confiança dos cidadãos. E aí está quase tudo por fazer!
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Nosso comentário

Escolho hoje, de entre alguma coisa que li em revista da imprensa, o comentário do dr João Palma no CM.
Sinceramente já o tenho ouvido opinar várias vezes e, ou não tenho estado muito atento ao seu discurso, ou há nele alguma evolução.
Parabéns pelas palavras que escreve, que transcrevo acima.
Essas palavras escritas "à pala do orçamento 2012" estão, eu diria, perfeitas.
Identifico-me com elas.

Neste momento, após tantos anos, sinto pela primeira vez um sentimento, passo o pleonasmo, muito próximo do que sentia na minha juventude de antes do 25 de Abril:
REVOLTA

Os motivos são um pouco diferentes, claro.
Todavia, o retorno deste país ao preto e branco, ao atraso terceiro-mundista, a um autoritarismo serôdio de uma gente em quem se não confia, gente sem ideias, nem formação sócio-política, nem humanismo, faz-me sentir com uma força arrepiante essa palavra que dá título ao seu comentário:
REVOLTA

Oxalá venha no futuro próximo a prática do que afirma:
"que a democracia deixe de ser um protectorado para os mais influentes e poderosos, que deixem de ser sempre os mesmos a pagar a factura. A revolta está a germinar".

Deus o oiça, que germine algo de novo e bom após a catástrofe anunciada com as medidas do orçamento 2012. Uma declaração de injustiça tamanha com contornos ainda por definir, injustiça essa posta em prática à revelia, em nome de uma qualquer "EMERGÊNCIA".
Pasme-se só, que quem tem a culpa de tudo, quem paga a factura da CRISE, são os Funcionários Públicos, os Pensionistas, os Trabalhadores, em suma, os que nada têm a ver com ela.

Dr. João Palma, o Darwinismo social aplicado em Portugal, aqui e agora, de uma forma grosseira, com medidas mais que avulso.
Não quero acreditar numa má fé maior... porque se acreditasse, era a altura de começarmos a comer-nos uns aos outros.

Devo dizer que não tive a felicidade de comemorar o 25 de Abril de 1974 em Lisboa, Portugal, pois o mesmo me apanhou no cumprimento do serviço militar obrigatório na Guiné-Bissau.
Tive pena.
Pelo que, um novo 25 de Abril, clamado pela manifestação dos "indignados" poderia ser estimulante, melhor até que o outro, hoje que estamos mais conscientes e serenos do que então.
Se tiver que vir, se a tal se chegar, que seja pacífico como o de 1974 foi, é o que desejo.
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Fiquem bem, mas indignados como eu. A injustiça dói muito!

António Esperança Pereira



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