Textos e Mensagens
O secretário-geral do PS, António José Seguro, irá defender na discussão do Orçamento a possibilidade dos trabalhadores da Função Pública e pensionistas em segurarem um dos subsídios (ou de férias ou de Natal), que o Governo pretende cortar no próximo ano e em 2013. É a contrapartida socialista para absterem-se na votação do Orçamento do Estado. A meio da manhã desta sexta-feira não é ainda conhecida uma reacção do PSD.
António José Seguro considera que "há medidas que o Governo apresentou e que não se justificam e, pelo menos poderiam poupar um salário dos funcionários públicos e dos pensionistas".
"É profundamente injusto retirar dois salários aos funcionários públicos e aos pensionistas. Em alguns casos estamos até a falar em quatro salários, porque há famílias com dois funcionários públicos. É uma violência", disse Seguro.
O líder socialista fez as contas e considera que "há uma folga muito importante, na proposta do Orçamento do Estado, suficiente para cobrir quase na totalidade um dos subsídios de férias ou de Natal, incluindo também os pensionistas". "O que é necessário é cerca de mil milhões de euros", disse.
Recorde-se que na reunião da Comissão Política Nacional do PS, a proposta de abstenção na votação do Orçamento de António José Seguro recolheu 68 votos a favor, 22 contra e duas abstenções.
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Nosso comentário
O Tozé (António José Seguro) assumiu ainda há pouco tempo o pesado fardo de uma liderança forte: a liderança de José Sócrates.
É o líder actual daquilo que na política tradicional se pode chamar de:
CAMINHO DO MEIO
No nosso país esse caminho do meio é asumido pelo PS (Partido Socialista) liderado agora pelo Tozé.
PS que nem se assume um partido alinhado com a direita tradicional, nem se envolve com alianças mais à esquerda.
Por isso mesmo, por ser um partido charneira, um partido de diálogo, é uma liderança trabalhosa.
Leva-se de todos os lados.
A direita chama-lhes esquerdistas, sindicalistas, xuxas, umas vezes comunistas até.
A esquerda apelida-os de reaccionários, de fazerem o jogo da direita, de serem uma espécie de entrave ao controlo das massas populares.
Porque, em boa verdade se diga, o PS ainda consegue ter influência em muitos sectores onde nem direita clássica nem extrema esquerda têm influência.
Fala-se muito na Grécia, na violência que determinadas medidas excessivas impostas pela Europa/FMI têm provocado naquele país europeu.
As medidas têm empobrecido a Grécia, com elas os gregos têm visto sua dívida aumentar, apesar dos sacrifícios, os juros a disparar.
De nada tem servido a chamada "ajuda externa".
É muita gente a comer. O dinheiro destas operações, envolvendo milhares de milhões de euros, já ninguém se atreve a afirmar para onde é que vai.
Fala-se por isso do paralelismo com a Grécia que se está a criar em Portugal com as medidas de austeridade impostas por este governo/Troika a roçar mais que indignação, a revolta mesmo.
Parece que o Tozé é uma pessoa sensata. Homem educado, com gestos brandos, capaz de consensos.
Talvez a pessoa certa na altura certa para engolir sapos, para dialogar, para dar algo e pedir algo em troca.
Nesta fase parece-me bem neste seu papel cumprindo com brandura o CAMINHO DO MEIO.
José Sócrates tramou-se porque não tinha um sinal sequer de brandura.
O seu carácter enérgico apagava todos.
Ao contrário agora, com Zé Sócrates ausente do combate, brilham todos.
Oxalá o António José Seguro consiga "segurar" ao menos um subsídio.
Que os consensos que gerar com os outros levem a qualquer lado, que não ao caminho da Grécia.
Claro que é na mesma roubo por parte do governo/troika, especialmente para quem descontou o dinheiro uma vida inteira para a segurança social.
Todavia, sempre será um roubo menor, logo a indignação e revolta seguramente menores.
A ver vamos se o PS evita com diálogo o que na Grécia se não tem evitado: o caos social, político, uma espiral de violência.
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Fiquem bem, mas indignados como eu. A injustiça dói muito!
António Esperança Pereira
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Textos e Mensagens
Seguro reclama um subsídio. Obrigado Tozé!
O secretário-geral do PS, António José Seguro, irá defender na discussão do Orçamento a possibilidade dos trabalhadores da Função Pública e pensionistas em segurarem um dos subsídios (ou de férias ou de Natal), que o Governo pretende cortar no próximo ano e em 2013. É a contrapartida socialista para absterem-se na votação do Orçamento do Estado. A meio da manhã desta sexta-feira não é ainda conhecida uma reacção do PSD.
António José Seguro considera que "há medidas que o Governo apresentou e que não se justificam e, pelo menos poderiam poupar um salário dos funcionários públicos e dos pensionistas".
"É profundamente injusto retirar dois salários aos funcionários públicos e aos pensionistas. Em alguns casos estamos até a falar em quatro salários, porque há famílias com dois funcionários públicos. É uma violência", disse Seguro.
O líder socialista fez as contas e considera que "há uma folga muito importante, na proposta do Orçamento do Estado, suficiente para cobrir quase na totalidade um dos subsídios de férias ou de Natal, incluindo também os pensionistas". "O que é necessário é cerca de mil milhões de euros", disse.
Recorde-se que na reunião da Comissão Política Nacional do PS, a proposta de abstenção na votação do Orçamento de António José Seguro recolheu 68 votos a favor, 22 contra e duas abstenções.
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Nosso comentário
O Tozé (António José Seguro) assumiu ainda há pouco tempo o pesado fardo de uma liderança forte: a liderança de José Sócrates.
É o líder actual daquilo que na política tradicional se pode chamar de:
CAMINHO DO MEIO
No nosso país esse caminho do meio é asumido pelo PS (Partido Socialista) liderado agora pelo Tozé.
PS que nem se assume um partido alinhado com a direita tradicional, nem se envolve com alianças mais à esquerda.
Por isso mesmo, por ser um partido charneira, um partido de diálogo, é uma liderança trabalhosa.
Leva-se de todos os lados.
A direita chama-lhes esquerdistas, sindicalistas, xuxas, umas vezes comunistas até.
A esquerda apelida-os de reaccionários, de fazerem o jogo da direita, de serem uma espécie de entrave ao controlo das massas populares.
Porque, em boa verdade se diga, o PS ainda consegue ter influência em muitos sectores onde nem direita clássica nem extrema esquerda têm influência.
Fala-se muito na Grécia, na violência que determinadas medidas excessivas impostas pela Europa/FMI têm provocado naquele país europeu.
As medidas têm empobrecido a Grécia, com elas os gregos têm visto sua dívida aumentar, apesar dos sacrifícios, os juros a disparar.
De nada tem servido a chamada "ajuda externa".
É muita gente a comer. O dinheiro destas operações, envolvendo milhares de milhões de euros, já ninguém se atreve a afirmar para onde é que vai.
Fala-se por isso do paralelismo com a Grécia que se está a criar em Portugal com as medidas de austeridade impostas por este governo/Troika a roçar mais que indignação, a revolta mesmo.
Parece que o Tozé é uma pessoa sensata. Homem educado, com gestos brandos, capaz de consensos.
Talvez a pessoa certa na altura certa para engolir sapos, para dialogar, para dar algo e pedir algo em troca.
Nesta fase parece-me bem neste seu papel cumprindo com brandura o CAMINHO DO MEIO.
José Sócrates tramou-se porque não tinha um sinal sequer de brandura.
O seu carácter enérgico apagava todos.
Ao contrário agora, com Zé Sócrates ausente do combate, brilham todos.
Oxalá o António José Seguro consiga "segurar" ao menos um subsídio.
Que os consensos que gerar com os outros levem a qualquer lado, que não ao caminho da Grécia.
Claro que é na mesma roubo por parte do governo/troika, especialmente para quem descontou o dinheiro uma vida inteira para a segurança social.
Todavia, sempre será um roubo menor, logo a indignação e revolta seguramente menores.
A ver vamos se o PS evita com diálogo o que na Grécia se não tem evitado: o caos social, político, uma espiral de violência.
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Fiquem bem, mas indignados como eu. A injustiça dói muito!
António Esperança Pereira
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