Tauromaquia - Cem mil a favor
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Tauromaquia - petição supera objectivo e motiva corrida
Cem mil a favor

A petição ‘Em Defesa da Festa Brava’ acaba de superar as cem mil assinaturas e o sucesso da iniciativa será comemorado com a realização de uma corrida de touros no próximo dia 25, na Praça de Santarém.

Francisco Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém e autor da petição, explica ao Correio da Manhã que o objectivo é salientar "valores essenciais" da cultura portuguesa. "Embora falemos pouco e gritemos menos, somos muitos. Somos um povo que não perde os valores ligados aos direitos dos animais, da terra e do Homem. Somos contra a intolerância", refere.

A petição, que não será apresentada na Assembleia da República, foi lançada no Verão passado e as assinaturas foram recolhidas de várias formas. Só na internet, mais de 17 mil pessoas subscreveram o documento. Moita Flores sublinha que todos os signatários defendem os valores "da tolerância e da liberdade" contra os que exigem o fim das touradas em Portugal.

O autarca defende que a maioria dos portugueses é a favor da festa brava e lembra um estudo da Eurosondagem, revelado em Abril, no qual apenas 11 por cento dos inquiridos se assumem "contra a realização de actividades com touros".

Para Moita Flores, as actividades taurinas assumem um papel "estruturante" da economia das regiões do Ribatejo, Alto Alentejo e Baixo Alentejo. "Se a Assembleia da República, num acto de loucura, proibisse as touradas, eram destruídos milhares de postos de trabalhos", reforça, sublinhando que a actividade pecuária "marca toda a região do Vale do Tejo".

Numa altura de crise económica, Moita Flores defende o regresso à agricultura e à pecuária, como forma de a ultrapassar. "Temos de investir nestas áreas. Se não produzimos, não conseguimos pagar a dívida. Temos de voltar à terra", sublinha o autarca de Santarém.
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Nosso comentário

Em outros tempos em que a barbárie imperava e os humanos eram analfabetos, escravos (ou quase) pois dependiam de uma maneira geral do seu amo ou senhor, ainda se tolerava que espectáculos destes existissem.
Refiro-me claro está às touradas.
Eram tempos de obscurantismo, o conhecimento pertencia só a alguns, entretinha-se o povo como os governantes queriam que se entretivesse.

Hoje o saber democratizou-se, cada vez mais pessoas estão conscientes do que é reprovável, de como é inconcebível a aceitação de coisas destas, por seres humanos minimamente equilibrados e evoluídos.
Mesmo que se use a tal tradição como escudo para justificar a continuação de tão sangrento e degradante espectáculo, a contestação às touradas não pára de crescer.
Espero que os senhores que fazem a apologia de tais tradições sangrentas, não voltem a mandar escravos para as ARENAS deitando-os às feras para seu gáudio.

Devo dizer que cresci numa zona do país, próxima da raia de Espanha, Almeida, onde aconteciam de quando em vez esses espectáculos.
Vi algumas touradas, à época vendiam-nos com facilidade os heróis toureiros, gozavam de grande fama no antigo regime, eu próprio em menino fui admirador de um ou outro valentão.
Foi o Amadeu dos Anjos, um rapazito humilde nascido a meia dúzia de quilómetros do sítio onde eu nasci, depois novilheiro e toureiro de nomeada, quem prolongou até ao fim da adolescência a minha afeição ao fenómeno "tourada".
Era um valentão da minha terra "c'os diabos!"

Pelos meus 20 anos, vi uma última tourada no Campo Pequeno, em Lisboa.
Curiosamente tinha sido detido pela PIDE (polícia política de Salazar) na mesma altura.
Apercebi-me então, e em consciência, da crueza da Festa Brava.
A brutalidade, a violência, o sangue jorrando do touro, o espectáculo degradante, o machismo primário, o marialvismo, afastaram-me definitivamente das faenas impingidas pelo antigo regime.
Jurei nunca mais por os pés numa tourada.
Não havia já Amadeu dos Anjos que me segurasse ou me convencesse a ficar a ver aquilo.
Assim foi até hoje.
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Fiquem bem,

António Esperança Pereira



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