Textos e Mensagens
Testamento de Poeta, de José Régio
Abaixo, um soneto de José Régio, um dos maiores nomes do Modernismo português, poeta que admiro imensamente, genial escritor de um dos, a meu ver, mais intensos poemas da literatura universal, "Cântico Negro", já publicado aqui no blog. Na imagem, o quadro "A Morte e a Donzela", de Marianne Stokes.
Testamento de Poeta
Todo esse vosso esforço é vão, amigos:
Não sou dos que se aceita... a não ser mortos.
Demais, já desisti de quaisquer portos;
Não peço a vossa esmola de mendigos.
O mesmo vos direi, sonhos antigos
De amor! olhos nos meus outrora absortos!
Corpos já hoje inchados, velhos, tortos,
Que fostes o melhor dos meus pascigos!
E o mesmo digo a tudo e a todos, - hoje
Que tudo e todos vejo reduzidos,
E ao meu próprio Deus nego, e o ar me foge.
Para reaver, porém, todo o Universo,
E amar! e crer! e achar meus mil sentidos!....
Basta-me o gesto de contar um verso.
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“fui Tudo. Nada Vale A Pena.”*
o limite do infinitoé se conter em si mesmo:não poder sermais do que não deveria...o limite do poetaé não se conter em si mesmodizer maisdo que em si poderia... o verso vemcomo se eu não houvessee não sendo euversa de mim o que souo poema é um...
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Um Cadáver De Poeta
A seguir, alguns trechos da 2ª parte do longo poema Um Cadáver de Poeta, de Álvares de Azevedo, que está em sua Lira dos Vinte Anos. Abaixo, um soneto meu, um dos 15 sonetos que estão incluídos em meu livro Poemas do Fim e do Princípio. Posto...
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Na Praça Pública
O poema a seguir, cujo título está acima, é de José Régio, um dos maiores nomes do modernismo português. Melhor que comentar um poema, é deixar que o leitor o leia e tire suas próprias conclusões. Assim deve ser a arte. Não é para ser analisada....
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José Régio
A pedidos de alguns leitores, deixo aqui uma pequena biografia sobre este grande poeta português. José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante...
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Poema Nulo
como todos os outros todos os outros meus talvez todos mais que os meus talvez ser nulo é ser poema um ser nulo é um ser poeta que o que sinto penso e digo nunca será contigo que o que sinto penso e escrevo jamais será o que devo e se um dia meu martelo...
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