Nosso comentário:
Hoje mesmo, passando nas imediações de minha casa, em Telheiras/Lumiar/Lisboa, consegui fotografar esta palmeira.
Felizmente ainda apresenta este porte, com um tronco de uma altura assinalável e um aspecto assim à primeira vista, saudável.
Ocorre-me a ideia de relembrar o problema destas árvores, tantas delas sucumbindo ao escaravelho que as ataca mansamente e as destrói sem dó nem piedade.
Sei que muito se tem sido feito para as salvar, infelizmente tantas vezes em vão, mas, em presença deste belo exemplar, que me proporcionou uma foto fantástica, reafirmo a necessidade de envidar esforços na defesa destas belas e exóticas árvores.
Dito isto, formulo daqui um pedido ao senhor Rhynchophorus ferrugineus, nome técnico do escaravelho que as ataca, que não seja mau e deixe as lindas palmeiras lusas em paz.
Oxalá o escaravelho entenda português e leia o meu blog!!!
Para melhor situar a problemática, fica um excerto de um artigo publicado num jornal sobre o assunto.
António Esperança Pereira
As palmeiras foram um símbolo de poder e de estatuto em séculos passados, quando os viajantes as traziam de paragens exóticas para adornar os seus jardins, mas perderam o poder e correm o risco de sucumbir na guerra contra a praga agora que agora as assola em todo o país.
A culpa é do escaravelho vermelho (Rhynchophorus ferrugineus), originário da Indonésia, e que invadiu Portugal em 2007, alojado em plantas importadas, através do Sul de Espanha e do Egipto. A praga cresceu de tal modo que a Europa lhe declarou guerra aberta, criando um plano de controlo e tornando obrigatória a luta contra o insecto que, já no início do século XX, causava bastante preocupação às populações do então Ceilão (Sri Lanka), na Ásia, onde se banqueteava com os coqueiros, fundamentais para a economia do país. Já então se considerava fundamental abater a árvore.
O escaravelho vermelho não é um insecto esquisito: tem uma grande capacidade de adaptação ao meio que encontra.
Em Lisboa, as palmeiras, um dos seus hospedeiros, tornaram-se, com o tempo, uma das plantas ornamentais mais presentes na paisagem urbana, recortando o céu na maioria dos jardins da capital, aperaltados, sobretudo, com palmeiras centenárias e grandes. Mas a praga do Rhynchophorus ferrugineus continua, vários anos após a sua detecção, longe de estar controlada. Pelo contrário: cada vez surgem mais palmeiras doentes.
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