Nosso comentário:
É quase inevitável no país com as fronteiras mais antigas da Europa, Portugal, não se falar sempre e mais do mesmo:
A situação social, política, económica, em que se encontra.
Hoje é dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador.
Sob a égide das duas maiores Centrais Sindicais CGTP e UGT, comemorou-se nas ruas a importante data.
Lisboa e Porto, por serem as duas maiores cidades do país, concentram sempre a maior parte das gentes que desfilam nas ruas, que protestam, que se insurgem contra as políticas de austeridade, de miséria, de empobrecimento a que as orientações das classes dirigentes no poder, nos estão a levar.
Pede-se alto e bom som a demissão do governo.
Pede-se alto e bom som que parem os que incutem tamanhos sofrimentos ao povo português, sob a batuta da Alemanha, cuja líder não há muito tempo disse que Portugal se prepare para perder parte da sua soberania.
Ouvem-se vaias quando se profere o nome do senhor Presidente da República.
Perigosa situação. Triste fado em que nos estão a afundar.
Sente-se mal-estar. Nas ruas, no trabalho, em cada lar português.
A austeridade com os cortes permanentes nas reformas, nos carenciados, nos doentes, nos estudantes, o galopante flagelo do desemprego, a sangria nos jovens levando-os a emigrar, parecem ser coisas aterradoras capazes de fazer rebentar a paciência e os limites do imaginável.
Os índices de confiança em quem governa são quase nulos. Temos uma governação (considerada como um todo) que governa contra os portugueses.
Ninguém os quer lá, mas a Democracia afinal tem destas coisas. Continua a ser parca em soluções anti-perpetuação no poder.
Muitos são os eleitos em democracia que passam as suas vidas no poleiro.
E quando se pedem alternativas, que todos sabemos que as há, dizem-nos que não as há.
É caso para perguntar, onde raio está a Democracia?
No caso do governo, dado o isolamento em que se encontra perante o povo que o elegeu, só se mantém em funções por duas débeis razões: pelo apoio que lhe confere o Senhor Presidente da República e pela maioria de votos que conseguiu (PSD + CDS) em campanha eleitoral feita com base em mentiras de circunstância.
PS. Deixo-lhes um interessante texto (zinho) sobre a Avenida da Liberdade, Lisboa, um dos palcos das manifestações de hoje. Era um espaço de alguns, passou a ser um espaço de todos.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
AVENIDA DA LIBERDADE
A Avenida da Liberdade já teve o nome de Passeio Público. Depois do terramoto de 1755.
O Marquês de Pombal criou o Passeio Público na área atualmente ocupada pela parte inferior da Avenida da Liberdade e Praça dos Restauradores.
O Passeio estava rodeado de muros e portões, por onde só passava quem pagasse uma taxa.
Em 1821, quando os liberais subiram ao poder, os muros foram deitados abaixo, e o Passeio fez justiça ao nome...
Tornou-se Público.
A Avenida da Liberdade é hoje um ex-libris da nossa capital. Podemos lá encontrar Hóteis *****
Lojas de Marcas Internacionais, Esplanadas bem equipadas e, claro, árvores de vários portes junto a bancos de jardim, onde se pode calmamente descansar um pouco, quando o calor começa a fazer-se sentir.
É caso para dizer:
Se a Avenida da Liberdade "falasse"muito tinha para contar, pois foram e são tantas as suas "memórias"...
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Milhares de pessoas desfilam, esta tarde, em Lisboa num protesto que pede democracia real e que contesta as medidas de austeridade. A marcha dos indignados em Lisboa já saiu do Marquês de Pombal, em direcção ao Largo do Rato, para terminar frente...