"Défice de imparcialidade", "conjunto de mistificações" e mensagem "alinhada com o Governo". PS, PCP e Bloco não pouparam nas críticas à mensagem de Ano Novo do Presidente da República. Já o PSD e o CDS-PP revêem-se nas palavras do presidente e apelam ao consenso político."
Acabo de transcrever um título da imprensa referindo sinteticamente a maneira como foi vista, por parte dos Partidos Políticos, a mensagem de Ano Novo do Presidente da República.
Ora bem, sem qualquer tentativa de colagem à esquerda ou à direita, afirmo apenas o que parece por demais óbvio, a mim e a qualquer português que na apreciação da actuação deste PR queira ser isento e objectivo.
Este Presidente da República, que deveria ser de todos os portugueses, tem-o sido só de alguns portugueses.
Nem é preciso ler muito e ouvir muito a respeito, pois os actos falam por si.
O país habituou-se ao presidente ausente das suas vidas que Cavaco Silva é. Não fala deles, dos seus sonhos, das suas dificuldades, do seu sofrimento, do empobrecimento a que o seu partido tem encaminhado o país. Ou seja, não fala nos graves problemas que afectam a República de que é o expoente máximo em responsabilidade.
Antes preferiu sempre dizer que disse, dizer que avisou, dizer que sabia, mas na prática caros leitores, um homem como ele, que anda na política desde que me conheço, desempenhando os mais altos cargos da Nação, só pode ser o mais alto responsável pelos problemas de que se ausenta nos seus discursos, de que vai lavando as mãos, como se o que acontecesse nada lhe dissesse respeito.
Será esta a imagem que me deixa, um Presidente que disse que disse, que disse que avisou, que disse que sabia, este PR que, num final de mandato, como se não bastasse a borrada feita, deixa o país durante um ano ou mais, arrastar-se em campanha eleitoral num desgaste e lavagem de roupa suja permanentes.
PS. A relação entre PR e governo sugere-me esta definição de "CARTA BRANCA" que vos deixo.
Esta expressão significa: liberdade total para tomar decisões e em sentido metafórico, um acordo oral entre duas pessoas, normalmente como sinal de que há confiança entre as partes envolvidas.
O ato de"dar carta branca" ou "ter carta branca"significa a livre e absoluta permissão para agir em determinada ocasião ou fazer algo da maneira como for mais conveniente para a pessoa que recebe esse poder.
É pois uma liberdade plena de tomar decisões.
Em Inglês diz-se: "to give a free hand"
Fiquem bem
António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
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