Nosso comentário:
Aproveitando algum correio que recebo, e dentro da minha rubrica "o saber não ocupa lugar" relembro hoje a origem do significado atribuído a três expressões usadas na língua de Camões.
Escolhi apenas três, pois foram algumas mais as que recebi, todavia sei respeitar o precioso tempo dos leitores, que têm mais que fazer do que ler o que os blogueiros escrevem.
Comigo acontece algumas vezes isso, ou seja, se um texto, ao qual atribuo alguma ou mesmo bastante importância for demasiado grande para a minha quota de tempo e falta de disponibilidade mental, acabo por desistir de lê-lo.
É pena mas acontece muitas vezes pois vivemos numa era de informação e todos temos um limite que se situa no pré-cansaço que deve ser respeitado.
Dito isto, espero que os textos que divulgo abaixo estejam dentro dos limites da V/ resistência.
Com votos de boas leituras, desejo a continuação de uma óptima semana.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
VAI TOMAR BANHO:
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de
higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das
Cruzadas, como corolário dos contactos comerciais, o europeu se
contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu
medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o
índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos
de rio, além de usar folhas de árvore para limpar os bebés e lavar no
rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos
portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e
raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos
índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos
portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".
DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde os tropeiros
que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região
Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O facto era que muitas vezes esses
burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos
muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados.
Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que
faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter
sucesso naquilo.
GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adoptavam um sistema de
arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um
baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era
distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas
quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor
místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A
partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" para
designar algo muito bem guardado...
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Nosso comentário: Nada melhor do que aproveitar o final de um domingo e princípio de uma nova semana para divulgar uma boa dica.A mesma foi-me remetida via e-mail e, embora não seja novidade para muitas pessoas, para outras, menos atentas a estas...
Nosso comentário: Mesmo numa sexta-feira, dia em que muito boa gente sai para divertir-se ou viajar, aproveitando o fim de semana, ainda há quem me envie coisas bonitas e úteis dignas de serem publicadas no blogue.Nunca é demais repetir que pela...
Nosso comentário: Mais um contributo que eu coloco na rubrica "o saber não ocupa lugar". Trata-se de um texto curto e simples sobre a expressão tantas vezes ouvida "Task Force".O que significa afinal esta expressão que quase todos nós...
Nosso comentário: Aí está uma expressão muito utilizada quando queremos saber alguma coisa em pormenor: "Tintim por Tintim" O que a maioria de nós não sabe é a verdadeira origem do significado de tal expressão. Assim sendo, nuns casos para...
Nosso comentário: Em tempo de Páscoa do ano de 2013, contar uma história de reis em Portugal, parece no mínimo desfasado da realidade, algo insólito mesmo.Todavia, lendo a história que publico abaixo, que mete um rei, um camponês e um burro,...