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Governo quer funcionários públicos "contagiados" pelo voluntariado
Cuidado portugueses, podemos voltar a isto: Salazar e o Estado NovoFunção pública acorda "grande manifestação nacional" em Novembro
Câmara de Barcelos quer pagar subsídios de férias e de Natal em 2012
Alguns milhares de funcionários públicos concentrados no Rossio, em Lisboa, decidiram esta sexta-feira, fazer "uma grande manifestação nacional" da administração pública na primeira quinzena de Novembro. Entretanto, a manifestação seguiu até ao Ministério das Finanças.
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O Governo quer que a Administração Pública seja "contagiada" pelo voluntariado e incentiva os funcionários públicos a acções voluntárias para "dar um pouco de si à comunidade". O apelo serve também para os jovens.
O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, esteve, esta sexta-feira, com um grupo de cerca de 400 voluntários de várias empresas que, através da iniciativa da GRACE, deram um dia de trabalho para ajudar uma instituição de acolhimento de crianças ou limpar a zona de Cascais e Guincho.
O ponto de encontro foi em Lisboa, onde Pedro Mota Soares referiu já ter constituído uma equipa para rever a lei do voluntariado, um trabalho que deve estar concluído dentro de dois meses, onde é realçado o papel dos jovens.
"Esta semana assinei um despacho que constitui uma equipa com pessoas da educação, da juventude, voluntariado" para "muito brevemente conseguirmos ter nos próprios diplomas que as escolas passam um campo relativo ao voluntariado que os mais jovens fazem".
O objectivo é "poder contagiar a própria administração pública, para ter exemplos de responsabilidade social e de acções voluntárias", salientou o ministro não deixando de lembrar que "já existem alguns bons exemplos" no Estado.
"Estes voluntariados dão-nos um exemplo uma enorme esperança e convicção" numa altura em que o país enfrenta uma crise, e quando muitas instituições sociais são fundamentais e dependem muito do trabalho dos voluntários.
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Nosso comentárioPara quem goste, estão criadas as condições psicológicas de miserabilismo que serviram de suporte parcial à ditadura de Salazar.
Os portugueses são pobres, burros, analfabetos, não merecem ser um povo livre, aberto, progressista, ou seja os sonhos dos portugueses são só para meia dúzia.
Os outros, ou cavam, ou se revoltam e vão parar à prisão, ou se resignam e são tratados como seres menores pelo poder político económico instalado.
Parece tentar recuperar-se a figura do bom português de então.
Para estes senhores que ora estão sentados nas cadeiras do poder, herdeiros naturais dos velhos ideais, é o voluntariado, a prática da caridadezinha.
Sabe-se os problemas de consciência dos mais ricos, a quem trabalhar de borla até pode preencher algum fastio e tédio de uma vida onde de material nada falta.
No tempo de Salazar assim era.
Muitas "senhoras de bem" dedicavam-se a práticas dessas para lavarem as suas consciências e ocuparem algum do seu fastio e tédio.
Os mais jovens entretinham-se em actividades igualmente voluntárias, designadamente pró-militaristas: "mocidade portuguesa", "juventudes católicas, estudantes, operários", "milícias", etc.
A bem da Nação trabalhai de borla, morrei, sede pobres, analfabetos, mansos como cordeiros, emigrai...
assim é que sois bonitos e nós os poderosos gostamos de vocês.
Não contesteis o que nós fazemos porque o que fazemos é para vosso bem.
Se vos tiramos dinheiro é para melhorar a vossa vida, se vos pedimos para trabalhar de borla é porque o dinheiro não chega para nós, quanto mais para vós.
Se vos colocamos no desemprego é para que vejais que a vida é dura, não é o mar de rosas com que quereis sonhar.
ASSIM NÃO!
Aplaudo a coragem da Câmara Municipal de Barcelos, se pagar os subsídios de férias e de Natal aos funcionários.
Bom seria que outras câmaras seguissem o exemplo, não comece o Povo Português a entregar os seus dinheiros a fundos de pensões espanhóis ou de outro qualquer país que cumpra com seus compromissos.
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Fiquem bem, mas indignados como eu. A injustiça dói muito!
António Esperança Pereira
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