Novidades, vale a pena ler...
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Novidades, vale a pena ler...



Breve nota do autor do blog:

Recebo por e-mail a promoção de variadíssimas coisas.
Evidente que não tenho por mister ser divulgador seja do que for. Nem a intenção deste blog é essa, pois trata-se de um blog pessoal e não mais que isso.
Porém, tratando-se de livros, de bons livros (há que dizê-lo) e conhecendo eu a qualidade sempre patente das publicações desta Editora, não resisto a divulgar as suas últimas novidades.
O estimado leitor pode abaixo, através da simples leitura da sinopse de cada obra, aquilatar-se da importância dos temas abordados.
Vale mesmo a pena ler!

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira

http://lusito.bubok.pt/ 

ANTÍGONA | Novidades 2016

    Luís
    Para: António

    NOVIDADES | 2016
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    A Nebulosa

    PIER PAOLO PASOLINI

    (GUIÃO)

     

    tradução Manuela Gomes 
    Janeiro


    A Nebulosa (1959) impôs a Pasolini «vinte dias atrozes fechado num hotelzito a trabalhar como um cão». Guião literário escrito em 1959, irreconhecível no filme Milano nera (1961), e que se lê como um romance negro, apenas em 1995 foi resgatado ao esquecimento. Texto febril e colérico, A Nebulosa mergulha na periferia de uma Milão envolta em névoa, com «fieiras de luzes e de prédios envidraçados», onde um grupo de teddy boys, numa estonteante noite de fim de ano, afoga na mais extremada violência as suas frustrações. Nesta ronda frenética com contornos de Laranja Mecânica, em que só néons de bares pontuam a longa noite sem estrelas da juventude tentada pelo abismo, estão na mira de Pasolini a perversão moral engendrada pela sociedade afluente e o seu desprezo por tudo.

    O Palácio do Riso

    GERMÁN MARÍN

    (ROMANCE)

     

    prefácio Roberto Merino
    posfácio Júlio Henriques
    tradução Helena Pitta
    Abril


    Romance de rara perfeição, O Palácio do Riso (1995) recria, entre passado e presente, a história da Villa Grimaldi, um dos maiores centros de tortura durante a ditadura de Pinochet, também apodado jocosamente de Palácio do Riso pelos agentes da polícia política. Quando um narrador, nunca nomeado, revisita o edifício, o passado feliz da casa funde-se com um legado de barbárie e com as vivências de quem enfrenta o horror de olhos bem abertos. História de decadência de um país, é uma viagem ao coração de um trauma pela mão experiente de um autor que sempre condenou abertamente a ocultação colectiva de infâmias.

    Germán Marín (n. 1935, Santiago do Chile) é autor de um conjunto de obras de grande força e com carácter reconhecidamente polémico. Figura maior das letras chilenas, move-se pela literatura como pela vida: de forma franca e frontal. Passou a adolescência em Buenos Aires e, nos anos 60, regressou ao Chile, onde colaborou activamente com a Quimantú, a editora impulsionada por Allende. O golpe militar de Pinochet obrigou-o a exilar-se no México. Vive no Chile desde 1992 e publicou Fuegos artificiales e Círculo Vicioso, entre outras obras. 

    Conta-me Uma Adivinha 

     TILLIE OLSEN

    (CONTOS)

     

    tradução Manuela Gomes
    posfácio Diana V. Almeida 

    Maio


    Conta-me Uma Adivinha (1961) reúne quatro dos melhores contos de Tillie Olsen, revelando a voz de uma América que tivera pouca expressão até então: «Eis-me aqui, a passar a ferro» dá voz a uma mãe preocupada, que realiza tarefas domésticas; «Ei marinheiro, que navio?» relata o progressivo isolamento de um homem embarcado, cada vez mais perdido no álcool; «Ó Sim», sobre o racismo imbrincado na sociedade negra; e o conto que dá nome à colectânea: «Conta-me Uma Adivinha», que acompanha o declínio físico de uma matriarca.

    Tillie Olsen (1912-2007), activista e prestigiada escritora americana, ganhou notoriedade na década de 1930, tendo publicado textos na New Republic e na Partisan Review. Espírito rebelde, denunciou na sua obra a dureza das condições de vida das classes obreiras, celebrando em simultâneo, a esperança na mudança. Sempre cultivou a escrita literária num quotidiano exigente e atribulado, e o activismo político dos primeiros anos nunca esmoreceu.  

    A Armadilha Daech
    O Estado Islâmico ou o Retorno da História

     PIERRE-JEAN LUIZARD

    (ENSAIO)

     

    tradução Pedro Carvalho e Guerra  

    Março


    O historiador Pierre-Jean Luizard reconstitui neste livro a dinâmica do Daech, restituindo-a sobretudo ao seu contexto. Recuando ao período colonial e à presença otomana, A Armadilha Daech traça um amplo quadro geo-histórico e é uma lúcida análise dos efeitos duradouros provocados pela emergência do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

    Investigador no CNRS, Pierre-Jean Luizard é historiador e especialista no Médio Oriente.

    Entrevista do autor a Les Inrocks.

    O Universo Concentracionário

     DAVID ROUSSET

    (ENSAIO)

     

    tradução, introdução e glossário
     
    João Tiago Proença  

    Fevereiro


    Os homens normais não sabem que tudo é possível.

    David Rousset foi um dos primeiros deportados a descrever os mecanismos e a lógica dos campos de concentração, que o nazismo levou ao paroxismo do horror. Escrito em Agosto de 1945 e inédito em Portugal, O Universo Concentracionário revela o sistema que neles operava, pondo a nu as suas molas psicológicas e as hierarquias que neles se estabeleciam. Este texto de Rousset, filósofo de formação, é amplamente citado por Hannah Arendt n’ As Origens do Totalitarismo.

    Kallocaína

    KARIN BOYE

    (ROMANCE)

     

    tradução do sueco João Reis 

    Março


    Kallocaína (1940) é um romance distópico inspirado pelo apogeu do nacional-socialismo na Alemanha, na veia de 1984, de George Orwell e de Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Num futuro desumanizado e totalitário, um estado militar controla a sociedade, que se vergou à sua vontade, na ânsia da segurança prometida. Quando o cientista Leo Kall inventa um soro da verdade, o Estado não se coíbe de querer extorquir todos os segredos e pensamentos dos seus cidadãos. Um romance opressivo que concebe a ditadura como algo inerente à consciência individual e que se revela clarividente no que toca ao uso de drogas como elemento de controlo de massas.

    Karin Boye (1900-1941) é um dos vultos mais destacados da literatura sueca do século xx. Membro do movimento cultural Clarté, viajou pela Europa e conheceu a União Soviética de Estaline e a Alemanha nazi de Hitler, situação que influenciaria claramente a escrita de Kallocaína. Suicidou-se em Abril de 1941.

    Oreo

    FRAN ROSS

    (ROMANCE)

     

    tradução Paulo Faria
    Abril


    Oreo: Alguém que é preto por fora e branco por dentro.

    Uma história plausível. — Flaubert
    Burp! — Wittgenstein
     
    O romance satírico Oreo (1974), «demasiado avançado para o seu tempo», segundo a crítica, é uma pérola injustamente esquecida e redescoberta em 2015 pelo público americano. Oreo, a personagem principal, filha de mãe negra, parte em busca do pai judeu na Grande Maçã, convertendo-se num Teseu moderno com laivos feministas. A insólita linguagem, a corrosiva crítica social e o humor picaresco fazem de Oreo uma obra surpreendente.  

    Fran Ross (1935-1985) nasceu em Filadélfia e passou grande parte da sua vida em Nova Iorque. Colaborou com o Saturday Evening Post e diversos periódicos e editoras. Escreveu para Richard Pryor, o humorista afro-americano mais célebre dos anos 70.

    OREO no New York Times, na New Yorker e na Literary Review. 

    Cartas a Um Jovem Poeta

    RAINER MARIA RILKE

     (edição bilingue)

     

    tradução e posfácio José Miranda Justo 
    Fevereiro


    Edição bilingue, posfaciada por José Miranda Justo, das dez epístolas trocadas ao longo de cinco anos entre Rilke e Franz Xaver Kappus, jovem que procurava dar os primeiros passos no domínio da escrita poética. Um compêndio vital sobre a conduta e o ofício do poeta e a arte da escrita.  

    Viagem aos Confins da Cidade 

     LEONARDO LIPPOLIS

    (ENSAIO)

     

    tradução Margarida Periquito 

    Fevereiro

     
    Viagem aos Confins da Cidade é uma indagação sobre a crise da metrópole e sobre o imaginário de uma época que, nas transformações das suas cidades, lê o seu inexorável declínio. Uma reflexão sobre o destino das cidades contemporâneas, quer idealizadas por filósofos e urbanistas, quer por romancistas e cineastas.  
     
    Leonardo Lippolis (Génova, 1974), professor, estuda as interligações entre arte, arquitectura, cidade e política, de uma perspectiva neo-situacionista. Entre as suas obras contam-se Urbanismo unitário (2002) e La nuova Babilonia (2007).

    Uma Apologia do Ócio / A Conversa e os Conversadores 

    ROBERT LOUIS STEVENSON

     (ENSAIOS)

     

    tradução Rogério Casanova 
    Março


    Uma Apologia do Ócio (1877) apresenta, precisamente, o ócio como uma crítica tomada de posição, à disposição de todos. Como arte de viver com benefícios comprovados, em busca do «palpitante calor da vida», assim se desmonta um quotidiano acinzentado pelas obrigações laborais. Dois textos de Robert Louis Stevenson que nos convencem de que o ócio e a conversa merecem figurar como artes maiores, a cultivar, na vida do homem. 

    A Vida sem Princípios 

    HENRY DAVID THOREAU

     (ENSAIO)

     

    tradução Luís Leitão 
    Abril


    N’A Vida sem Príncípios (1863), Henry David Thoreau desenvolve o seu pensamento sedicioso, demonstrando que as necessidades materiais e as contingências diárias são um entrave ao crescimento espiritual e alertando-nos para as armadilhas mundanas em que facilmente nos enredamos. Ensaio-programa de vida, nele se exalta o individualismo e a comunhão com a natureza, advogando a rejeição da sociedade.


    Maçãs Silvestres e Cores de Outono

    (ENSAIOS)

     

    tradução Luís Leitão 
    Maio 


    A par dos seus textos políticos mais interventivos, Thoreau celebrizou-se pela nature writing, textos telúricos em que a natureza, a sua nobreza e sagacidade dão azo a reflexões e inevitáveis comparações com a vida humana. A colectânea reúne Maçãs Silvestres (1862), um dos últimos textos do autor, e Cores de Outono, matéria para uma genuína apologia dos sentidos e para fugazes, mas intensas, experiências vivificantes.

    Antígona

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    Nosso comentário:  Bastava o conteúdo das palavras escritas abaixo, da autoria de Aldous Huxley e tradução de Luís Leitão, para aconselhar vivamente o autor, aliás bem conhecido mundialmente.Dada a actualidade de muito do que visionava nos...



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