Para viver toda a Terra; para morrer, Portugal
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Para viver toda a Terra; para morrer, Portugal



Nosso comentário:



Transcrevo um excerto de uma crónica escrita hoje no DN por Baptista-Bastos, que aconselho vivamente a ler. 
Diz ele, embora por outras palavras, que quem apelida o 1.º ministro de "corajoso", só pode assumir toda a responsabilidade de uma tal afirmação.
Diz porquê, como é óbvio.
Aproveita para acrescentar mais duas personalidades de vulto e de comportamento reconhecidamente recatado, a somar a tantas outras igualmente ilustres e recatadas, que se têm pronunciado em termos pouco elogiosos das políticas atuais de uma violência que faz bradar os céus.
Políticas nunca antes vistas pelos portugueses vivos, especialmente pela maneira como são implementadas e assumidas sem qualquer pestanejar de olhos, sem um laivo que seja de humanismo pelas pessoas deste país, visivelmente preocupadas, doentes e abatidas.
As personalidades apontadas por Baptista Bastos são, Adriano Moreira, que escusa apresentação, e Alfredo José de Sousa, Provedor de Justiça.
Deixo então a última parte do texto de Baptista-Bastos, muito interessante de se ler, que transcrevi por ter gostado muito, embora sem partilhar algum pessimismo exagerado:
-"Para viver, toda a Terra; para morrer, Portugal." Escreveu o padre António Vieira, moldando o País a uma demonstração de aflitos. Raramente fomos felizes, e a nossa literatura é um desfile de grandes angústias. Porém, sempre obtivemos uma certa independência, caracterizada por compromissos políticos e sociais. Desta vez, o ciclo é mais pesado e trágico. Constitui a expulsão de um todo: físico, espiritual, cultural e moral, como se poderosa amnésia se houvesse abatido nesses modos de entidade. Ser português, para estes senhores da "nova" ideologia, tornou-se num quase pecado que terá de ser punido com rude severidade. É isso que está em causa: a modificação radical do que somos, em nome de uma "normalização" que nos torne iguais aos outros e a todos. Um mundo tenebroso e negro, no qual a dança das culturas e das diversidades é absolutamente proibida. Um mundo dirigido por um poder distante e inacessível. Eis o que se nos propõe. 



PS: Nem a propósito deixo-vos com uma notícia veiculada pela Lusa que diz respeito a declarações do fundador de um dos partidos da coligação, CDS: Freitas do Amaral. Vale a pena passar os olhos.



Fiquem bem, António Esperança Pereira
 
 
http://lusito.bubok.pt/






Freitas do Amaral

PR pode dissolver Parlamento se situação se agravar

por Lusa, publicado por Elisabete Silva



O fundador do CDS Freitas do Amaral disse na terça-feira à noite, em entrevista à TVI24, acreditar que o Presidente da República possa dissolver a Assembleia da República se a situação social se agravar em Portugal.
"Talvez a hipótese mais provável seja o Presidente da República dissolver a Assembleia", disse Diogo Freitas do Amaral na entrevista à estação de televisão de Queluz de Baixo.
O antigo dirigente centrista e candidato a Presidente da República afirmou também que "se houver uma situação social grave", vê Aníbal Cavaco Silva a preferir "devolver a palavra ao povo" por via de eleições.
"O ano de 2013 só tem comparação em dificuldades e perigos de 1975", declarou também o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro Governo de José Sócrates (PS).
Sobre o Governo liderado por Pedro Passos Coelho, Freitas do Amaral diz acreditar que coligação entre PSD e CDS-PP "já não é um casamento de amor, é um casamento de conveniência".
No que refere a uma remodelação do executivo, o fundador do CDS sublinha que o ministro Miguel Relvas já devia ter saído "há muito tempo por razões éticas" e o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, deveria ser substituído por alguém "mais humanista, mais sensível aos problemas sociais".



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