Se eu roubar um ladrão que me roubou...
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Se eu roubar um ladrão que me roubou...



Nosso comentário:


Aos poucos creio que os próprios autores deste assalto aos bolsos de vários países europeus, se vão convencendo que o efeito boomerang existe mesmo.
Pois é, muitas vezes lançamos as pedras a alguém ou a algo mas em boa verdade (e quem atirou pedras sabe isso, em criança ou já crescido)  elas bem podem fazer ricochete e atingir-nos a nós que as lançámos.
Embora muito lentamente e com estragos de monta irrecuperáveis, famílias destruídas, manchas de pobreza e revolta evitáveis, sonhos desfeitos... todavia, muito lentamente quer-me parecer que a resolução dos problemas  europeus atuais vai passar muito por aí, por esse efeito boomerang (ricochete)
Porquê?
É sabido que se o nosso melhor amigo estiver em baixo, doente, isso nos afeta imediata e diretamente. O mesmo se passa com um familiar próximo, um ente querido, e assim sucessivamente.
Também quando fazemos mal a alguém, ficamos inseguros com medo de possíveis represálias.
O mal-estar apodera-se de todos quando as situações de sã convivência, de confiança recíproca, se deterioram.
Pois bem de tudo isto tem acontecido um pouco, e tem acontecido de uma forma impiedosa, indiscriminada, ruinosa para as relações entre as pessoas, entre as classes sociais, entre os povos.
Desde o 25 de Abril de 1974 que  não me lembro de ouvir tantos e tão graves insultos a um governo. Desde o 25 de Abril de 1974 que não me lembro de ouvir tantos e tão graves insultos a determinados países europeus, feridas e fogueiras que quase se sentiam sanadas, apagadas, agora novamente em carne viva, em fogo incandescente.
Por isso eu falo no efeito boomerang.
Eu  por exemplo, como tantos portugueses, não devo nada a ninguém.
Se calhar o leitor que lê estas linhas, também não deve.
Ou se deve, está a pagar o que deve, porque gerir uma dívida faz parte das regras elementares de um sistema económico como o nosso.
Mas, caro leitor e amigo, quer deva quer não deva alguém lhe anda a atirar pedras. Alguém lhe diz que tem que pagar uma dívida que não é a sua.
Eu e o leitor, que somos honestos, ficamos indignados como é óbvio.
Eles que disseram em campanha eleitoral: os portugueses não têm que pagar uma dívida que não é sua. Essa dívida é de outros, da banca, do Estado, etc. etc.
Mas, depois de eleitos, esses senhores que disseram isso, não o fazem. A quem cobram a "apregoada dívida" não é à banca nem às ditas "gorduras do Estado".
Não!
É a si, a mim, a todo o incauto cidadão que tem o azar de ser honesto, que vive do seu salário ou ex-salário.
E cortam-lhe os seus sonhos, espatifam a economia do país, fogem como podem à inconstitucionalidade de medidas que tomam.
As gorduras lá estão, eles cada vez mais gordos ($$$$) você e eu a deitar contas à vida como já não fazíamos havia bastante tempo.
O país a mirrar, como se pode ler em notícia que lhes deixo abaixo.
Assistimos a um saque despudorado, pedras bem pesadas que ferem a quem leva com elas.
Por isso, eu quero acreditar no tal efeito boomerang e que tais pedras acertem em cheio em quem as está a atirar.
Que no retorno, os matem, ou os curem de vez. 
 
 
 
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/

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Em 2013

Economia portuguesa vai encolher para nível de 2000


por Lusa, publicado por Helena Tecedeiro


Considerando as previsões do FMI divulgadas na quinta-feira, nem em 2017 o Produto Interno Bruto (PIB) real português conseguirá ultrapassar o máximo atingido em 2007.

Em 2011, o PIB de Portugal foi 159.391 milhões de euros, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor é calculado em volume - ou seja, está ajustado para os efeitos da inflação - e toma como referência o ano 2006.

Considerando que tanto o Governo como a 'troika' preveem para este ano uma contração de 3 por cento na economia, o PIB para 2012 ficará nos 154.610 milhões de euros. As autoridades esperam que em 2013 a economia volte a encolher mais 1 por cento - o que deixaria o PIB real nos 153.063 milhões de euros.

Para encontrar um PIB português inferior a este número é preciso recuar até ao ano 2000: 152.156 milhões de euros.

Governo e 'troika' esperam que as coisas comecem a recuperar já no próximo ano, e que em 2014 volte a haver crescimento, embora tímido: 1,2 por cento. Para os anos seguintes, o Fundo Monetário Internacional atribui uma taxa de crescimento fixa - 1,8 por cento até 2017.



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