Nosso comentário:
É prática comum do cidadão deste tempo, desconfiar de tudo o que é "conversa política".
E tem razões de sobra para isso.
Como que a política se tornou antes numa habilidade de comunicar, para lhe não chamar nomes mais feios, do que propriamente ser a ciência, no âmbito das Ciências Sociais, que vise responder aos mais legítimos anseios dos povos, das pessoas, da polis.
Assim sendo, sinto alguma dificuldade eu também em admitir que este ou aquele discurso político me agradaram, estas ou aquelas palavras de políticos, me agradaram.
Dou hoje relevo às palavras da sr.ª Merkel, embora com os descontos de se tratar de uma época natalícia, de se tratar de palavras de uma hábil mulher alemã, que de parva não tem nada.
De qualquer maneira, e porque é natal, sublinho o seu empenho, mesmo que em proveito próprio, na defesa da Europa.
Sublinho igualmente uma palavra que utiliza: solidariedade.
Se não lhe custou a pronunciar sr.ª chanceler...
BRAVO!
Tirando os devidos descontos, e sem que haja da sua parte actos concretos e convincentes não passarão de palavras mais amistosas, mais colaborantes, menos arrogantes, do que o habitual.
Também com os devidos descontos da tal meia verdade ou inverdade mesmo a que nos habituaram os políticos, não queria deixar de sublinhar o que Santana Lopes disse.
Santana Lopes, ex-presidente de câmara e ex-primeiro ministro, é um habilidoso, talvez se queira candidatar a alguma câmara municipal, não sei, mas a verdade é que disse uma coisa com que concordo em absoluto.
Foi o seguinte:
“Há uma coisa de que eu não tenho dúvida nenhuma, não se governa um povo deprimindo esse povo, não pode ser. Quem governa uma cidade, uma freguesia, um país, tem que dar ânimo a esse povo”, disse Santana Lopes, discursando no jantar comemorativo do 15.º aniversário da vitória autárquica na Figueira da Foz".Seja como for, descontos feitos a mais um político habilidoso e arguto, homem do PSD, concordo no essencial com o repúdio da cultura da depressão por ele referida.
É que as políticas desastrosas, no conteúdo e na forma, seguidas pelo actual executivo, estão a arrasar o país.
Pior que isso, eles não ouvem, não sentem, não querem mudar, não são capazes de fazer melhor...
O desastre que se vê.
De outro quadrante partidário, das bandas do PS, ouvi hoje o seu actual líder António José Seguro, desde a cidade de Mira, fazer talvez o seu melhor discurso desde que lidera o partido.
Com mais convicção, com mais arreganho, com mais recheio no conteúdo.
Três notas positivas, em tempo de Natal.
Notas positivas mais às palavras do que aos actos, é certo, mas há que salientar algum positivismo no pouco entusiasmo que nos vem destruindo....
Para muito mau, já basta assim, como isto está.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
PS. Como prometido acima, transcrevo a notícia onde constam algumas palavras inovadoras no discurso da sr.ª Merkel, com flores e tudo...
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Chanceler alemã diz que governo de Berlim não é indiferente à situação europeia
Merkel diz que situação laboral e crescimento noutros países da UE fazem parte da política alemã
Merkel diz que Berlim não é indiferente
Kai Pfaffenbach / Reuters
A chanceler alemã, Angela Merkel, assegurou hoje que a situação laboral e o crescimento noutros países da União Europeia não são indiferentes a Berlim e formam parte da política alemã.
"Dependemos uns dos outros na zona euro e isto marca o meu trabalho. Isso significa: o trabalho europeu é sempre trabalho de política interior”, afirma a chanceler na tradicional mensagem em vídeo dos sábados divulgada pelo gabinete de Merkel na Internet.
Na altura de resumir o ano que está a acabar, Merkel reconhece na última mensagem em vídeo para 2012 que a estabilização do euro foi a sua principal tarefa, mas mostra-se otimista e assegura que se “avançou um bom bocado”.
“Temos agora um mecanismo de solidariedade, temos mais disciplina orçamental com o pacto fiscal. Ainda que tenhamos que avançar um bom bocado”, sublinha a chanceler.
Em relação aos objetivos para 2013, Merkel comenta que tratará de “conservar a potência económica (da Alemanha) e assegurar os postos de trabalho”, apesar de admitir que “a política, por si só, não o pode fazer”.
"Não podemos determinar sozinhos a situação económica internacional, mas podemos fazer alguma coisa para que, por exemplo, a procura interna continue a funcionar razoavelmente”, adianta a chanceler.
Depois de reconhecer que também na Alemanha o crescimento económico se está a debilitar, Merkel sublinha que o governo fará tudo, “onde possa politicamente”, para conservar em bom estado as condições marcantes para a economia.
“O governo federal “prolongou preventivamente os fundos para ‘Kurzarbeit’ (semana laboral com redução de horários) de novo de seis para 12 meses”, com o objetivo de que as empresas mantenham “o seu maior tesouro”, os seus especialistas, quando ocorrer um pequeno incidente conjuntural”, sublinha Merkel.
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