Nota do autor do blog/site: Parece que estamos perante a guerra deste século: a disputa das principais fontes energéticas. No presente artigo, quem dá o mote ao tema é a situação catastrófica da economia grega, mas os "papões mundias" não dormem. Desde há muito que as reservas petrolíferas se tornaram foco de cobiça das potências mais apetrechadas para as explorar. Onde há um naco de petróleo, há conflitos de interesses, parece que a Grécia, o tal berço da civilização ocidental à beira da falência económica, é um desses casos. A Grécia tem petróleo que nunca mais acaba. Mas é preciso explorá-lo. Quem? e até lá como é que o povo helénico paga as contas? Para já terá que vender por tuta e meia as riquezas que tem para não morrer à fome, só que depois de as vender fica sem elas e serão as grandes potências, os tais "papões mundiais" quem se abotoará com o fruto grado do pomar que comprou ao desbarato (em palavras poéticas) Um Mundo Cão no seu explendor, um salve-se quem puder que dará cabo de toda e qualquer solidariedade, cooperação, confiança, tão arduamente conquistadas no pos 2.ª Guerra Mundial. Um saque universal quase institucionalizado, a lei do mais forte a imperar sem espinhas! Fiquem bem, António Esperança Pereira http://www.bubok.pt/libros/2158/PORTUGAL-PERIFERICO-OUO-CENTRO-DO-MUNDO http://www.bubok.pt/afiliados/tienda/ -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- QUEM FICARÁ COM O PETRÓLEO? Por Ruben Eiras A Grécia é o país da UE e do Euro com o maior potencial prospetivo de exploração de petróleo, com cerca de 22 mil milhões de barris no Mar Jónico e 4 mil milhões de barris no Mar Egeu. Por comparação, o poço Lula no Brasil (uma das maiores descobertas da última década) tem cerca de 8 mil milhões de barris. Este facto é conhecido pela Troika do FMI, UE e BCE e EUA desde 2010. Em vez de promover a produção petrolífera para reequilibrar as contas gregas e aumentar a autonomia energética europeia, a ordem é privatizar a única via que o Estado grego dispõe para pagar aos credores. Eis a razão pela qual russos e chineses digladiam-se para controlar os portos gregos: passam a controlar terminais de distribuição de petróleo e gás para os Balcãs e centro da Europa, e conquistam uma inédita presença estratégica no mediterrâneo. Ciente desta ameaça, os EUA não dormem e Hillary Clinton deslocou-se recentemente à Grécia para tentar acertar condições de E&P com a Turquia, com o envolvimento da empresa americana Noble Energy. O problema reside em que a Grécia não dispõe de uma ZEE e por isso não tem garantido o direito soberano sobre os recursos no solo marinho. Por isso, Clinton foi tentar um acordo de repartição entre Grécia, Turquia e a Noble Energy. Na semana seguinte, os russos foram bater à porta dos gregos com proposta semelhante. Se considerarmos que Israel será um exportador líquido de gás ainda nesta década e que Chipre também uma bacia rica em petróleo, concluem-se dois factos: - O Mediterrâneo será um foco de tensão geopolítica em torno dos recursos petrolíferos. - A UE sofre de uma cegueira estratégica extrema ou a Alemanha já desistiu da Europa. A importância estratégica de capacidades de exploração submarina para a sustentabilidade dos países: http://www.infowars.com/rising-energy-tensions-in-the-aegean%E2%80%94greece-turkey-cyprus-syria/ |